As denúncias e investigações da Operação Passadiço, que desarticulou uma rede de corrupção da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em 2008, reverteram-se na primeira condenação definitiva dos envolvidos. A Justiça Federal em Sergipe (JF/SE) condenou o policial Joran Azevedo Paixão pelos crimes de corrupção e violação de sigilo funcional e a decisão já transitou em julgado, não cabendo mais recurso.
Joran Azevedo Paixão foi condenado a seis anos e dois meses de reclusão com regime inicial semi-aberto, quatro meses de detenção, 220 dias-multas, sendo cada um equivalente a um terço do salário mínimo vigente à época dos fatos, pagamento de R$ 10 mil de indenização à União e perda do cargo público de policial rodoviário federal.
Na sentença, o juiz federal Marcos Antônio Garapa de Carvalho afirma que as interceptações telefônicas e as declarações das testemunhas são provas uníssonas e coerentes para a condenação de Joran Azevedo pela prática dos referidos delitos.
Relembre o caso – Em junho de 2008, a Operação Passadiço foi realizada em conjunto entre o Ministério Público Federal em Sergipe (MPF/SE), a Polícia Federal e a própria PRF e chegou a prender 19 pessoas. Todas foram acusadas de envolvimento em uma rede de corrupção que atuava nos postos de fiscalização em Malhada dos Bois e Cristinápolis. No esquema, policiais liberavam veículos irregulares mediante pagamento de propinas.
A denúncia apresentada pelo MPF contra 14 policiais envolvidos no esquema apontou diversas conversas dos réus com outras pessoas e até mesmo outros policiais rodoviários federais que provam os diversos crimes cometidos por eles. Todas essas escutas foram feitas com autorização judicial.
Assessoria de Comunicação
Ministério Público Federal em Sergipe