Líder da oposição na Assembleia Legislativa, deputado estadual Venâncio Fonseca.(Foto: Janaina Santos)
O líder da oposição na Assembleia Legislativa, deputado estadual Venâncio Fonseca, voltou a cobrar mais uma vez o anúncio do percentual de reajuste do servidor estadual. Segundo ele, o mês de abril avança e a categoria ainda não sabe o índice de aumento salarial. “Me preocupa que o governo deixe para a última hora. Quando estiver em cima da hora, vai enviar o projeto de aumento e pressionar a Assembleia. Vão dizer: já está na folha”.
Segundo ele, o governo só vai encaminhar esse projeto agora em abril retroativo, em cima da hora, sem permitir que os deputados discutam e façam propostas. “Estou prevenindo, está previsto para acontecer. A preocupação é que o governo do Estado, através do secretário da Fazenda, anunciará a correção da inflação. Ai a gente pega uma conta da Deso onde foi aplicado um aumento de 9,87% em março. Quase dez por cento, muito superior à inflação”, comentou.
As altas taxas cobradas pelo Detran também preocupam o parlamentar. O sindicato dos servidores do órgão afirma que o Detran cobra uma das taxas mais altas do país, mas os trabalhadores não receberam um percentual semelhante à correção das taxas. “A vistoria de veículos teve aumento de 23%. O Gravame teve um reajuste de 62%, passou de 60 para 97 reais. A renovação de carteira teve 20% de aumento, passando de 84 para 101 reais. Veja só quanto aumentou os custos de uma carteira de motorista. O servidor terá cerca de 5%, a correção da inflação”.
De acordo com o líder da oposição, os servidores têm perdido o poder de compra, os salários não acompanham as taxas de serviços. “Não conseguem pagar suas obrigações. O justo, então, seria que o governo aplicasse na taxa o que oferece ao servidor, o índice da inflação. Mas aplica numa taxa como o Gravame 65%. Isso é injusto, é desumano, é incorreto”, disse, lembrando que o prefeito Edvaldo Nogueira aplicou um reajuste digno e abriu negociação com os servidores.
“Vivemos no mesmo país, no mesmo estado e temos o mesmo índice de inflação e os mesmos problemas. E por que o prefeito dá aumento e o governo não? Há algo errado. O prefeito estaria fazendo o dever de casa e o Estado não? Falta planejamento no governo do Estado”, questionou o líder oposicionista. “O Estado não tem nada a oferecer aos servidores e não discute com os sindicatos”, comentou.
Venâncio disse que pediu ao prefeito Edvaldo Nogueira que oferecesse sua equipe, seu secretário de Planejamento, para ensinar ao governo do Estado, que segundo ele está perdido. “A máquina está pesada, Sergipe possui mais secretarias que o Estado de São Paulo. Há um numero excessivo de cargos em comissão (CCs). Não Há esperanças para o funcionalismo público”.
Marcelo Déda, em seu primeiro governo, disse Venâncio, prometeu um Plano de Cargos e Salários para os enfermeiros. Mas não cumpriu. “A área de Saúde está sofrendo um desastre. As fundações são uma instituição falida, deve a fornecedores, a médicos. A situação da Saúde é preocupante porque não existe planejamento. O Estado está parado até que o governo arrume sua bancada, a tal governabilidade aqui na Assembleia”.
Agencia Alese
