Por Cássia Santana – Portal Infonet
Mais um caso de estupro a vulnerável foi registrado em São Cristovão. A vítima tem apenas dez anos e foi violentada por um adolescente de 15, segundo investigações da Polícia Civil. O garoto ficou com medo da reação da família da vítima e acabou se apresentando à Polícia Militar no mesmo dia em que aconteceu o ato infracional.
Os pais da criança estão em estado de choque e querem justiça. Na manhã desta segunda-feira, 19, os pais encaminharam a criança ao médico no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) e na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, em Aracaju. “Não vamos deixar isto impune. Queremos que a justiça seja feita”, desabafa a mãe da vítima, S.C..
O episódio aconteceu na quarta-feira da semana passada, 14, em um imóvel vazio, no Alto da Divinéia, no município de São Cristovão, local próximo à residência da vítima. A menina brincava com outras crianças vizinhas, mas o adolescente a teria chamado para colher mangas naquele imóvel e teria orientado outra criança a ficar ‘vigiando’ a área para avisar se o proprietário da casa chegasse ao local.
No mesmo dia, temendo a perseguição da família da vítima, o garoto foi à Polícia Militar e, como já era noite, foi encaminhado à Delegacia Plantonista onde foi iniciado o auto de investigação de ato infracional. O adolescente e responsável assinaram a nota de culpa por volta de 1h30 da madrugada do dia 15. Da Plantonista, o adolescente infrator foi encaminhado à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, em Aracaju, onde permanece apreendido, segundo informou o delegado Deskson de Castro.
O delegado acredita que o auto de investigação de ato infracional será concluído ainda nesta terça-feira, 20, para ser encaminhado à Justiça. Ao ser ouvido, pela Promotoria de Justiça, o adolescente confessou o ato infracional.
Nesta segunda-feira, 19, surgiram comentários que o adolescente teria sido posto em liberdade. Os comentários geraram insatisfação e um grande temor dominou a criança, que está se recusando a ir à escola e não quer mais sair de casa. Ao saber da suposta liberdade do acusado, a criança chorou muito e a família entrou em desespero. “Ele tem que permanecer preso, tem que pagar pelo que fez à minha filhinha”, reage a mãe.