Ainda sobre o processo de ruptura política entre o grupo do PSC e o governo do Estado, o líder da bancada de situação na Assembléia Legislativa, deputado Francisco Gualberto (PT), disse nesta quarta-feira (29) que não considera rompida a relação política com o grupo liderado pelo senador Antônio Carlos Valadares, do PSB. “A oposição está fazendo de tudo para jogar os deputados do PSB (Adelson Barreto e Maria Mendonça) contra o nosso governo, mas sabemos que isso é interesse do DEM”, destacou Gualberto.
Mesmo citando a presença de um ‘maestro’ no episódio deflagrado com a antecipação da eleição da Mesa Diretora, na segunda-feira, Francisco Gualberto afirma que até agora não ouviu de ninguém que o líder do PSB em Sergipe estivesse envolvido no caso.
“Nunca soube que Valadares estivesse fazendo parte dessa composição. Para nós do governo ele nunca teve envolvido. Continua sendo nosso aliado e desejamos que continue sendo”, disse.
O deputado petista aproveitou o pronunciamento para lembrar que na eleição de 2002, o então vereador Adelson Barreto havia conseguido sua eleição para deputado federal e acabou não assumindo o mandato. Isso porque a justiça eleitoral alegou problemas com a documentação e o fato favoreceu um suplente do grupo do ex-governador João Alves, o deputado federal Cleonâncio Fonseca. “Em momento algum estou acusando a família do ex-deputado Cleonâncio pelo episódio, mas tiraram o mandato de Adelson para favorecer o DEM”, relembra Gualberto.
“Não adianta a oposição fazer discurso agora em favor de Adelson, pensando que a gente esquece da história. Isso é ingenuidade. O que eles querem é simplesmente jogar Adelson contra o nosso governo”, analisa Francisco Gualberto. O líder do governo também discordou do pronunciamento de Gilmar Carvalho, que defende o rompimento de Valadares com o governo. “Com todo o respeito que tenho ao deputado Gilmar, mas esse discurso dele é equivocado”.
Sobre as possíveis reações do governo diante do episódio provocado pelo grupo do PSC, Gualberto afirmou que se trata de uma coisa é natural. “É normal a reestruturação de um governo na hora em que ocorre um rompimento político. Isso é legítimo”, frisou o líder.
Ainda durante o pronunciamento, Gualberto lembrou que os 24 deputados haviam assinado o requerimento para indicação do nome de Belivaldo Chagas à vaga de conselheiro no Tribunal de Contas do Estado. No entanto, apenas Gilmar Carvalho avisou que retiraria sua assinatura.
“Até o momento, nenhum outro deputado me disse que assinava o requerimento mas não votava no nome de Belivaldo. A oposição, inclusive, já justificou o voto”, advertiu Gualberto.
Assessoria de Imprensa – Gilson Sousa