“O conjunto Augusto Franco tem sofrido com essa onda de assaltos, quase sempre com armas de fogo. Durante a noite, as praças ficam tomadas por usuários de drogas. A comunidade está amedrontada, pois a falta de um policiamento ostensivo e constante facilita as ações criminosas. Precisamos da polícia nas ruas, pois o nosso conjunto está abandonado”.
A declaração foi dada por Max Prejuízo, coordenador da “Casa Cultural Careca e Camaradas”, na noite desta terça-feira (14), durante reunião que aconteceu na sede da Casa Cultural, após ter sido procurado por moradores e comerciantes da comunidade. Cerca de 15 comerciantes locais, entre eles proprietários de farmácias, escolas, locadoras, padarias, salões de beleza, sorveterias, entre outros, participaram da reunião. “Criou-se um medo na comunidade. Além de assaltar a qualquer hora do dia, eles avisam que vão voltar”, disse Max.
Morador do conjunto há 13 anos, o comerciante Fernando Lima, que é proprietário de uma farmácia, já foi assaltado quarenta e três vezes. “Só esse mês fui assalto duas vezes. Na sexta-feira (10), era apenas um bandido. Já no domingo (12) foram três, sendo que um deles estava com arma de fogo. Eles entram, amedrontam os funcionários apontando a arma, ameaçando atirar e levam o que querem. Nem as câmeras de segurança inibem a ação dos bandidos. Assaltam de cara-limpa. Tenho tudo filmado. Eu espero que tomem providências. Estou indo trabalhar com medo”, desabafou o comerciante.
O comerciante Evelar Campos, também proprietário de uma farmácia no conjunto Augusto Franco, só no último domingo (12), teve seu estabelecimento assaltado por duas vezes. “Por volta das 17h aconteceu o primeiro assalto, quando só minha esposa estava no local. O ladrão pegou o dinheiro e produtos da farmácia. Ele estava aparentemente desarmado, minha esposa reagiu, mas, ele ainda conseguiu fugir com o dinheiro. Por volta das 20h30 ocorreu o segundo assalto, dessa vez foram três bandidos e um deles estava com arma de fogo. Eu e meu filho de 3 anos estávamos na hora. Foi horrível. Eles prenderam um casal de clientes no banheiro, levaram dinheiro, produtos e fugiram no carro dos clientes. Inclusive era um carro automático. Soube que o carro foi encontrado no Mosqueiro no outro dia. Não dá mais pra continuar assim”, disse Evelar.
Além dos assaltos, vários estabelecimentos e casas residenciais têm sofrido com arrombamentos. “É um absurdo. Nós temos delegacia aqui no conjunto e não resolve nada. Quando precisamos não tem viatura ou apenas diz que não tem mais o que fazer porque já houve o arrombamento. O máximo que consigo é ir à plantonista para registrar um Boletim de Ocorrência. O medo é constante”, lamenta a Sra. Soberana que teve seu estabelecimento arrombado no final do ano passado.
Max Prejuízo ouviu as preocupações da comunidade e pretende levá-las ao conhecimento do secretário de Estado de Segurança Pública João Eloy, com a ajuda e o intermédio do deputado estadual Gilmar Carvalho (PR). “Temos uma audiência amanhã, na Assembleia Legislativa, com o deputado Gilmar Carvalho. Precisamos dar um freio a isso. Não podemos viver com medo de trabalhar, presos em nossas casas enquanto os bandidos estão soltos”, concluiu Max prejuízo.
Por Ju Gomes – Assessoria de Comunicação e Marketing