No início do mês de novembro, o reitor da Universidade Federal de Sergipe (UFS), professor André Maurício Conceição de Souza, apresentou, durante visita a Brasília, à bancada federal de Sergipe, a proposta de Emenda Coletiva para o orçamento de 2026, que prevê investimentos de R$ 16 milhões destinados à execução de obras e melhorias estruturais nos campi da instituição. O documento foi entregue pessoalmente ao governador Fábio Mitidieri, ao deputado federal João Daniel e ao senador Alessandro Vieira. O que ninguém esperava era que a emenda fosse reprovada pela maioria absoluta da bancada federal sergipana. A decisão pegou a comunidade universitária de surpresa.

Reitor apresentou proposta ao coordenador da bancada federal de Sergipe durante visita a Brasília – Foto: ascom/divulgação
A reportagem do Portal SE Notícias apurou que a UFS receberá apenas R$ 5 milhões, referentes a uma emenda apresentada pelo senador Rogério Carvalho (PT) e pelo deputado federal Ícaro de Valmir (PL) para o campus de Itabaiana. Também apurou que o deputado federal João Daniel e o senador Alessandro Vieira defenderam a emenda da UFS, mas foram derrotados na votação da bancada.
Reação do reitor
“A Universidade, há muitos anos, recebe uma das emendas coletivas da bancada. E, infelizmente, para o próximo ano não teremos a emenda coletiva destinada à Universidade Federal de Sergipe. Isso é realmente um absurdo, porque a educação, como sabemos, é algo transformador. A UFS é uma universidade pública que tem tido uma importância histórica imensa. Imagine: uma bancada com R$ 400 milhões em emendas coletivas para distribuir e nem 1% disso vai para a educação, para a UFS. Considero isso muito triste. Em um momento em que se fala tanto em educação, a Universidade Federal de Sergipe fica de fora de uma emenda coletiva.
Espero — e já tenho conversado com alguns deputados e senadores — que possamos trabalhar com emendas individuais. Alguns parlamentares votaram pela UFS, mas outros não, e com isso perdemos a perspectiva. Não sei que tipo de articulação foi feita. Inclusive, entreguei ao governador o projeto de emenda coletiva da Universidade, mas, infelizmente, não fomos contemplados”, disse o reitor.
A proposta contempla ações estratégicas voltadas à modernização da infraestrutura universitária. No campus de São Cristóvão, estão previstos projetos como a construção da nova clínica e do Departamento de Fisioterapia; a revitalização da Didática e da biblioteca; a modernização da iluminação, com foco em eficiência energética; e a reforma das quadras esportivas. Já no campus de Itabaiana, o destaque é a construção de uma nova Didática, que abrigará os cursos de Direito e Psicologia.
As Emendas Coletivas de Bancada são instrumentos que permitem aos parlamentares de um mesmo estado definir, de forma conjunta, as prioridades e propostas de destinação de recursos no orçamento federal para financiar projetos de interesse público.
A reportagem tentou contato com a assessoria do senador Alessandro Vieira, coordenador da bancada federal de Sergipe, para esclarecer os motivos da não aprovação da emenda coletiva. No entanto, não houve retorno até o fechamento desta matéria. A redação segue à disposição pelo e-mail: senoticias@gmail.com
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Redação SE Notícias




















































