No próximo dia 23 de abril, acontece uma paralisação nacional do magistério, convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação-CNTE. Professores e professoras de todo o Brasil param suas atividades nas escolas para saírem às ruas contra a privatização, a militarização e a desvalorização profissional.
Em Sergipe, além da paralisação durante todo o dia, o magistério das redes estadual e municipais se concentrarão, às 14h, na Praça da Bandeira, em Aracaju, e seguirão em marcha pelas ruas da capital até a Praça Fausto Cardoso. A paralisação e marcha do magistério sergipano cobram: a valorização e o pagamento do piso salarial nacional, a implementação da gestão democrática, garantia de apoio pedagógico nas escolas e garantia do auxílio-internet e do auxílio-tecnológico.
“Nós temos pontos importantes dentro pauta nacional e um é a questão da mudança na lei do piso. Precisamos estar mobilizados nacionalmente para que não haja prejuízo aos nossos direitos. Temos que mostrar a unidade da nossa luta, tanto na rede estadual, quanto nas redes municipais, para mostrar que o magistério quer ser valorizado, quer ser respeitado enquanto profissional da educação. Por isso, como aprovado na nossa assembleia unificada, vamos paralisar durante todo o dia 23 e faremos a marcha unificada em defesa da educação, com concentração às 14 horas, na Praça da Bandeira, em Aracaju”, disse Roberto Silva, presidente do SINTESE.
Audiências com o Governo
O presidente do SINTESE, Roberto Silva, apresentou à categoria informações sobre as negociações com o Governo do Estado. “Nós tivemos uma audiência com o governador e duas audiências técnicas de estudos de impacto financeiro da pauta de reivindicação dos professores em atividade. Teremos um novo encontro no dia 29 de abril, para falar sobre sobre o impacto financeiro com as reivindicações dos aposentados”, disse Roberto.

Magistério delibera adesão a paralisação nacional dia 23 de abril convocada pela CNTE – Foto: ascom/Sintese
“Há um compromisso já assumido para a equipe da assessoria do governador que, assim que o governador retornar de viagem, será agendada uma nova audiência, entre o final de abril, início de maio, para discutir as propostas efetivas que o governo apresentará ao magistério”, informou. A assembleia decidiu que se chame um novo encontro da categoria tão logo ocorra a audiência com o governador de Sergipe.
Redes municipais
Em comum entre as demandas das redes municipais está a valorização profissional e o pagamento do piso nacional da categoria. “Apenas em 26 municípios conseguimos avançar na negociação do piso. Decidimos aqui intensificar a luta pela atualização do piso salarial”, contou Roberto.
Além disso, os municípios enfrentam um cenário de ataque aos direitos dos professores aposentados, com um processo de demissão de professores aposentados. “Decidimos, então, cobrar do Tribunal de Contas, que está exigindo essas demissões, para que tudo aconteça sem que haja prejuízo para os professores. É preciso que haja um processo administrativo disciplinar, o PAD, para que os direitos dos professores sejam respeitados e principalmente não haja injustiça nesse processo. O que estamos vendo é um grande absurdo, pois está havendo muita injustiça e desrespeito ao professor nesses processos de demissão”, destacou. “E já que estes professores serão demitidos, que se faça um concurso público, para que estas vagas sejam preenchidas adequadamente, e não com processo seletivo simplificado e contratos temporários, precarizando as relações de trabalho”, acrescentou.
No próximo dia 22 de abril, acontece audiência entre o SINTESE e o Tribunal de Contas do Estado de Sergipe (TCE-SE).
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Fonte: ascom/Sintese