O Ministério Público de Sergipe, por meio da Coordenadoria da Promoção de Igualdade Étnico-Racial (Copier), promoveu nesta segunda-feira, 2, o encerramento da quarta edição do Projeto Ilé-Iwé, em parceria com a Secretaria de Estado da Educação e Cultura (Seduc), as Secretarias Municipais de Educação (Semed) de Aracaju, de São Cristóvão, de Nossa Senhora do Socorro, de Barra dos Coqueiros e de Laranjeiras; a Universidade Federal de Sergipe/Núcleo de Estudos Afro-Brasileiro (UFS/Neabi) e o Movimento Negro Unificado (MNU).
MPSE e parceiros promovem encerramento da quarta edição do Projeto Ilé-Iwé – Foto: ascom/MPE/SE
O evento foi realizado no Auditório Promotor de Justiça Valdir de Freitas Dantas, no Edifício-Sede do MPSE, e contou com apresentações culturais e artísticas, como o espetáculo cultural Sankofa, do coletivo Hecta; de estudantes e movimentos afro-brasileiros.
A cerimônia de encerramento foi chamada de “Alamoju”, termo Iorubá – língua de origem africana – que significa sabedoria; e recebeu a contribuição de gestores, professores e autoridades engajadas ao projeto, as quais apresentaram as ações e avanços proporcionados pela iniciativa.
O Diretor da Copier, o Promotor de Justiça Julival Rebouças, destacou a importância da conscientização popular através da instrução escolar para valorizar a história e cultura afro-brasileira. “Nós criamos este trabalho a partir de uma construção coletiva envolvendo vários parceiros, a exemplo das Secretarias Municipais da Educação da região metropolitana e Laranjeiras, bem como da Seduc. O propósito deste projeto é a implementação, nas escolas da rede estadual e redes municipais de educação, do que prevê a Lei Federal nº 10.639/03, determinando a inclusão da história da cultura afro-brasileira nas escolas. Hoje, estamos na 4ª edição e realizando a culminância de mais um ano de ações.”
A quarta edição do Ilé-Iwé foi composta por cinco encontros, divididos em: abertura, “Xirê” (segundo momento), “Quilombo” (terceiro), “Ibewó” (quarto) e o encerramento, “Alamoju”, entre os meses de agosto e dezembro de 2024. Ao longo do ano, foram desenvolvidas ações voltadas para a valorização da história e cultura afro-brasileira e africana nas escolas das redes municipais de Aracaju, Barra dos Coqueiros, Nossa Senhora do Socorro, São Cristóvão e Laranjeiras e da rede estadual, com o objetivo de conectar estudantes e educadores às suas raízes culturais. Dentre as atividades estão oficinas de turbante, máscaras, bonecas e oralidade.
“As formações do projeto visam fazer com que coordenadores pedagógicos, diretores e professores desenvolvam mais expertise para realizarem a discussão do tema em sala de aula e expandir, cada vez mais, ações que combatam o racismo, o preconceito, e poderem disseminar uma posição antirracista. Este processo não aconteceria se não contássemos com o apoio dos nossos parceiros”, pontuou o Diretor do Centro de Aperfeiçoamento e Formação Continuada de Educação (Ceafe/Semed), Williams do Santos, enquanto representante do Secretário Municipal de Educação de Aracaju, Ricardo Abreu.
> Ilé-Iwé
Criado a partir do Programa “Aracaju sem Racismo”, idealizado pelo MPSE e pela Prefeitura de Aracaju, o Projeto Ilé-Iwé tem o objetivo de ofertar formação continuada a coordenadores pedagógicos e professores atuantes em escolas públicas municipais e estaduais de Sergipe, a fim de que seja cumprida a Lei nº 10.639/03 que incluiu, no currículo oficial da rede de ensino, a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”.
A iniciativa é uma parceria entre a Coordenadoria da Promoção de Igualdade Étnico Racial (Copier) do Ministério Público de Sergipe (MPSE), a Prefeitura de Aracaju, a Secretaria de Estado da Educação e Cultura (Seduc), as Secretarias Municipais de Educação (Semed) de Aracaju, de São Cristóvão, de Nossa Senhora do Socorro, de Barra dos Coqueiros e de Laranjeiras; a Universidade Federal de Sergipe/Núcleo de Estudos Afro-Brasileiro (UFS/Neabi) e o Movimento Negro Unificado (MNU).
Ao longo de 2024, o Ilé-Iwé inspirou outras redes de ensino a adotarem práticas semelhantes, consolidando-se como uma referência em ações de educação antirracista.
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Com informações da Prefeitura de Aracaju
