Domingo (27) os aracajuanos irão aos colégios eleitorais para escolherem quem comandará a capital sergipana pelos próximos quatro anos. A disputa versa entre a vereadora Emília Corrêa (PL), que faz oposição e vem com o discurso de mudança na forma de gerir a cidade, e o governista Luiz Roberto (PDT), que defende a continuidade do projeto político do atual prefeito Edvaldo Nogueira (PDT). Mas não é exagero pontuar que esta eleição é uma “prévia” da disputa pelo governo do Estado em 2026. A matéria é jornalista
Habacuque Villacorte.
O assunto é “cantado em verso e prosa” em todas as rodas políticas da cidade: daqui a dois anos, se o “SOMBRA” não intervir, teremos um embate direto entre o agora prefeito eleito de Itabaiana, Valmir de Francisquinho (PL) e o atual governador Fábio Mitidieri (PSD) que tentará a reeleição. Em 2022, Valmir obteve quase 460 mil votos e, na prática, foi o mais votado no 1º turno da eleição estadual, superando o senador Rogério Carvalho (PT) e o próprio Mitidieri, que findou beneficiado naquele cenário.
Os votos de Valmir foram anulados e sua candidatura foi impugnada por questões judiciais. Sendo mais direto para os leitores, não fosse o “TAPETÃO”, o itabaianense tinha grandes chances de ser eleito governador do Estado já naquela eleição. Prova maior que, logo depois daquele 2º turno vencido por Mitidieri contra Rogério, os direitos políticos de Francisquinho foram rapidamente restabelecidos e, recentemente, ele foi eleito prefeito de Itabaiana pela terceira vez.
Voltando para a eleição em Aracaju, no próximo domingo, é inegável a importância de Valmir para a consolidação de Emília Corrêa, que é a grande favorita e caminha a passos largos para fazer história como a primeira mulher a comandar a Prefeitura de Aracaju. Essa confirmação também representará uma vitória de Francisquinho, fato que vai aumentar consideravelmente as expectativas para uma nova candidatura sua ao governo do Estado em 2026.
Uma vitória de Emília Corrêa sinaliza para uma mudança de concepção política na capital, numa renovação natural, onde “velhos quadros” devem sair de cena para que novos nomes possam ascender. A vereadora derrotaria não apenas seu adversário Luiz Roberto, mas o prefeito Edvaldo Nogueira e o governador Fábio Mitidieri. Não custa lembrar que existem duas máquinas administrativas atuando politicamente para tentar ajudar o pedetista nesta eleição.
Se a eleição de Emília seria benéfica para Francisquinho em 2026, ela seria extremamente dura para Edvaldo (que estaria saindo de cena, pelo menos por enquanto) e para Mitidieri, que vai precisar corrigir seus erros e até apresentar bons resultados de seu governo para ter chances de ser reeleito. Se não existir um novo “TAPETÃO”, o embate entre Valmir e Fábio é algo já no “radar” do cenário político sergipano. A aposta em Luiz Roberto na PMA foi alta e, além de dividir o grupo, pode ter “sérias consequências”…
Acompanhe também o SE Notícias no Instagram, Facebook e no X
Por Habacuque Villacorte