Diante das tentativas de utilização fraudulenta de dados pessoais, a Polícia Científica, por meio do Instituto de Identificação Papiloscopista Wendel da Silva Gonzaga (IIWSG), utiliza técnicas de identificação criminal. Esses procedimentos evitam que pessoas inocentes venham a ser responsabilizadas criminalmente por atos que foram praticados por terceiros. Como técnicas de identificação criminal, os papiloscopistas do IIWSG utilizaram análises e comparações de dados como os da impressão digital, que é única.
Conforme o IIWSG, as tentativas de fraude têm o objetivo de evitar a responsabilização criminal. Porém, o trabalho de identificação criminal desenvolvido pelos papiloscopistas do Instituto de Identificação elucida as tentativas de fraude e permite a correta responsabilização criminal, conforme explicou o papiloscopista Pedro Henrique. “São prisões legais, mas que os presos utilizam nomes de outras pessoas”, reiterou.
Tais tentativas de fraudes abrangem a utilização de dados e informações de pessoas inocentes e, até mesmo, parentes do próprio suspeito. “Justamente tentando se furtar das responsabilidades referentes ao delito. Mas, com uma série de banco de dados disponíveis ao Instituto de Identificação, fazemos a identificação criminal e atestamos a real identidade da pessoa presa de forma legal”, destacou Pedro Henrique.
Procedimentos e técnicas
Para a identificação criminal, os papiloscopistas do IIWSG utilizam-se de técnicas que envolvem análises em fichas biográficas e biométricas, além de outros bancos de dados, assim como contextualizou o papiloscopista Pedro Henrique. “A gente tem ferramentas e equipamentos modernos que permitem a integração de informações que são analisadas no procedimento de identificação criminal”, explicou.
Nesse contexto, as técnicas utilizadas pelos papiloscopistas do Instituto de Identificação também permitem o confronto das impressões digitais. “É comparar de forma metódica, com metodologias científicas, uma impressão digital com a outra. Assim, é possível identificar se os dados e as impressões coletadas são da mesma pessoa ou se pertencem a pessoas diferentes”, descreveu o papiloscopista Pedro Henrique.
Caso recente
Em um caso recente de identificação criminal feita pelo IIWSG, os papiloscopistas do Instituto de Identificação verificaram que uma mulher utilizou dados da irmã, conforme relembrou o papiloscopista Crizam Meireles. “No decorrer das apurações, nós confirmamos a real identidade da suspeita. O trabalho foi feito a partir do nosso arquivo, utilizando-se da ficha onomástica, de quando ela tirou o documento de identidade”, explicou.
Nesse procedimento de verificação de dados no IIWSG, os papiloscopistas puderam evitar que uma inocente fosse responsabilizada pelos atos de outra pessoa. “Essas pessoas buscam utilizar os dados de alguém para se passarem por réu primário, podendo ter a liberdade em audiência de custódia, sem se importar com o que vai acontecer com os dados da pessoa inocente”, evidenciou o papiloscopista Crizam Meireles.
Desse modo, diante de uma prisão legal, mas com identificação fornecida de maneira fraudulenta pela suspeita, os papiloscopistas garantiram que a justiça fosse feita, assim como ressaltou Crizam Meireles. “É a papiloscopia que garante que a Justiça seja feita e que nenhum cidadão seja levado de forma equivocada à Justiça. Assim, evitamos que uma pessoa inocente viesse a ser responsabilizada pelos atos de outra”, salientou.
Recomendações ao cidadão
Diante do cenário de utilização de dados por outras pessoas, o IIWSG fez o alerta para que o cidadão tenha cuidado com o compartilhamento de informações pessoais. “Evite passar senhas de seus sistemas em que um parente ou amigo possa consultar seus dados e tenha cautela com os dados pessoais. Também é preciso ter cuidado com cópias de documentos, número de CPF e data de nascimento, por exemplo”, orientou Pedro Henrique.
Tendo acesso a esses dados e documentos, pessoas mal intencionadas podem acabar utilizando essas informações também para se identificar de forma fraudulenta em eventuais prisões, conforme alertou o papiloscopista Pedro Henrique. “A pessoa pode a qualquer momento mostrar um documento seu, até mesmo de forma digital, para se passar por outra pessoa”, concluiu o papiloscopista do IIWSG.
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Fonte: SSP SE