Duas ativistas do clima jogaram sopa no vidro blindado que protege a Mona Lisa, obra-prima de Leonardo da Vinci, na manhã deste domingo (28), no museu do Louvre, em Paris. Elas foram detidos em seguida. A ação foi reivindicada por um coletivo chamado “Riposte alimentaire”, um grupo de resistência civil francês que “visa impulsionar uma mudança social e climática radical na sociedade”, segundo um comunicado enviado à imprensa.
De acordo com a assessoria de imprensa do Louvre, a obra não sofreu nenhum dano. A sala onde a pintura está exposta foi reaberta aos visitantes depois de ficar fechada por cerca de uma hora. O maior museu do mundo planeja entrar com uma ação judicial nesta segunda-feira (29).
“O que é importante? O que é mais importante? Arte ou direito à alimentação saudável e sustentável? Nosso sistema agrícola está doente. Os nossos agricultores estão morrendo no trabalho. Um a cada três franceses não tem como comer três refeições todos os dias”, disseram as ativistas após o prostesto.
De acordo com o museu do Louvre, as duas mulheres haviam escondido a sopa de abóbora em uma garrafa térmica de café. O museu autoriza que os visitantes entrem com comida no estabelecimento. O direção do Louvre já tentou proibir a entrada de alimentos, mas acabou mudando de ideia, já que há quiosques dentro do museu.
“A Mona Lisa, assim como nossa herança, pertence às gerações futuras. Nenhuma causa pode justificar que ela seja um alvo”, disse a ministra da Cultura francesa, Rachida Dati. “Não tenho certeza de que a Mona Lisa seja a maior poluidora da França. O que isso significa? “, denunciou, por sua vez, Prisca Thévenot, porta-voz do governo, no canal de televisão France 3.
A famosa pintura de Leonardo da Vinci, que está protegida por vidros desde 2005, já foi “vítima” de vandalismo diversas vezes. Em maio de 2022, por exemplo, a pintura foi alvo de uma torta de creme. Durante vários anos, uma série de operações militantes visaram obras em museus de todo o mundo.
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Com informações da AFP.