A campanha idealizada por colegas de trabalho e parentes da delegada Clarissa Lobo, que sofre de uma doença rara, mobiliza a sociedade para doação de médula e tem ganhado ainda mais evidência. A delegada fez uma análise sobre a iniciativa, que também teve a colaboração da SSP, pois a instituição, recentemente, realizou campanha de doação de sangue no Hemose.
No momento, a ideia é também levar essa coleta para outros centros urbanos, onde pode ser feita a identificação de possíveis doadores de medula óssea que possam ajudar a salvar vidas, como a da delegada da Polícia Civil de Sergipe e de outros pacientes.
Clarissa Lobo ressaltou que a campanha teve um duplo propósito. “Além de buscar a cura para mim, chamar atenção de que a gente pode salvar alguém simplesmente dando parte do tempo e parte do nosso órgão que não faz falta nenhuma para quem doa, mas faz muita diferença para quem recebe. É uma forma de ajudar a salvar a vida de alguém”, explicou.
E a doação de medula é um procedimento seguro. “Essa campanha chama atenção para isso, desmistificar que o líquido não é retirado da coluna, mas sim do osso da bacia. O procedimento leva minutos, e a pessoa fica de repouso por causa da anestesia, mas no dia seguinte está liberada e, em 72 horas, está totalmente recuperada”, detalhou a delegada.
Além de ser uma forma de ajudar a salvar a vida de alguém, conforme ressaltou Clarissa Lobo. “E devolver a vida para alguém. A pessoa vai ao Hemose, no caso de Sergipe, faz o cadastro e é feita uma coleta de sangue de 5ml, não precisa de jejum e nem se preocupar com alimentação, deixando o contato”, explicou.
Para a doação, é preciso ser saudável e ter entre 18 e 35 anos. O cadastro é feito no Hemocentro e pode salvar a vida da delegada Clarissa Lobo e de muitas outras pessoas em Sergipe. O Hemose fica localizado na R. Quinze, 127 – Capucho, Aracaju – SE. O telefone é 79 3225-8000
Síndrome de Sézary
Clarissa Lobo sofre com um linfoma cutâneo bastante raro, que vem tratando há mais de dois anos. “É um câncer que causa desidratação profunda. A própria pele se desidrata, descamando, perdendo elasticidade e causando feridas, que acabam sendo portas abertas para infecções diversas”, explicou a delegada.
Com a síndrome, a delegada já precisou ficar vários dias internada. “No ano de 2022, que foi o início dessa gravidade, eu tive inúmeras infecções, inclusive no coração, da qual eu quase morri. O grande risco são as infecções”, contou a delegada Clarissa Lobo, que chegou a ficar internada por cinco meses.
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Fonte: SSP/SE