A Prefeitura de São Cristóvão, por intermédio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), realiza trabalhado que fortalecem a equidade na rede municipal de ensino, e um dos projetos que tem atuação no município é o Projeto Ilé-Iwé, de autoria do promotor de justiça Luis Fausto Valois, que nesta terça-feira (12) foi premiado na categoria Ministério Público na 20ª edição do Prêmio Innovare.
O Projeto Ilé-Iwé tem como objetivo ofertar formação continuada a coordenadores pedagógicos e professores atuantes em escolas públicas municipais e estaduais de Sergipe, com a finalidade de ser cumprida a Lei 10.639/2003 que inclui no currículo da rede de ensino, a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”. Na premiação, o autor do projeto recebeu o prêmio pelas mãos do ministro Dias Toffoli, do STF.
O promotor Luis Fausto Valois, veio até a Prefeitura de São Cristóvão nesta quarta-feira (13) dividir essa conquista com o prefeito Marcos Santana e a secretária de Educação do município, Deise Barroso. No momento, o autor do projeto agradeceu a parceria da gestão sancristovense.
“É importantíssimo registrar o apoio do prefeito Marcos Santana, que tem dado representatividade junto com a secretária Deise Barroso, participando ativamente do projeto. É lindo ver a participação dos alunos com trabalho referentes ao ensino da cultura e história afro-brasileira e africana em uma cidade que é a 4ª mais antiga do país, o que torna tudo mais importante nesse trabalho. Parabenizo a prefeitura e outros parceiros que colaboram para a realização do projeto, hoje de reconhecimento nacional, ganhou o prêmio na categoria Ministério Público, e ganhamos todos, o estado de Sergipe, Aracaju e Nossa Senhora do Socorro, todos nós estamos de parabéns”, destaca Luis Fausto Valois.
Para o prefeito Marcos Santana, hoje foi um dia de alegria pela conquista da premiação e pela visita do promotor ao Paço Municipal. “Hoje é um dia de muita alegria, recebemos a visita do promotor do Ministério Público Luis Fausto que veio dividir o prêmio Innovare com a gente por um projeto tão bonito de equidade nas salas de aula em que nós aplicamos aqui em São Cristóvão. Anos antes, éramos pautas de notícias não tão boas, e hoje, somos nacionalmente conhecidos por belos trabalhos desenvolvidos, bons resultados, e estamos na ativa para que esses resultados só aumentem, e destaco a importância da execução do Projeto Ilé-Iwé aqui em São Cristóvão”.
Rede Municipal de Ensino
O Projeto Ilé-Iwé está presente em todas as escolas da rede municipal de ensino com a participação dos alunos desde a fase inicial até os anos finais do Ensino Fundamental. Segundo a secretária da Educação, Deise Barroso, o projeto obedece a Lei 10.639/2003 que institui no âmbito escolar trabalhos e atividades voltadas às questões da diversidade cultural, trabalhando com práticas antirracistas, para que a gente possa levar o entendimento de que as escolas é um lugar de combate ao racismo.
“Participamos desse projeto desde 2019, é um projeto forte, potente e que nos fez evoluir bastante. Hoje temos trabalhos incríveis e trabalhos que já foram premiados, a exemplo dessa premiação com nível nacional. Temos os planos de em 2024 é estender as atividades para o ano todos e não somente no 22 de novembro, precisamos fazer com que nossos alunos, professores e toda comunidade escolar, entendam que racismo é crime e que precisa ser combatido, e a escola é um lugar para essa transformação”, declara Deise Barroso.
No encontro de hoje, a diretora da EMEF Maria Oliveira Santos, Jeanne Marquise, se fez presente e em seu depoimento adiciona que o projeto veio para enfatizar a cultura do povo negro através da dança, culinária, dialetos, religião e, além disso, veio resgatar tudo que um dia foi tirado do povo afro-brasileiro.
“Na educação de São Cristóvão, os dados vêm mostrando avanços que, se não fosse por esse pensar coletivo, jamais iríamos alcançar; e o prêmio Innovare 2023, posso dizer que a nossa Secretária da Educação, ao atender o chamado do Ministério Público na pessoa do promotor Luís Fausto Valois, trouxe uma nova perspectiva de uma educação com equidade e respeito para a maioria de nossos estudantes que são negros. Essa perspectiva se dá quando professores e gestores escolares têm a oportunidade de participarem de formações para aprenderem a trabalhar com o que versa a Lei 10.639/2003 em suas escolas, elevando a autoestima desse público que, na maioria das vezes, não imaginam como é rica a sua história e cultura”, finaliza a diretora.
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Fonte: ascom/PMSC