Os argentinos decidiram neste domingo (19) quem vai governar o país pelos próximos quatro anos. Os eleitores votaram no segundo turno da eleição presidencial, entre dois modelos de governo totalmente opostos: o deputado federal e economista Javier Milei, da novata A Liberdade Avança, e o ministro da Economia, Sergio Massa, do União pela Pátria.
Com 93,39% das urnas apuradas, Milei tem 55,82% dos votos, enquanto Massa soma 44,17% dos votantes.
Sergio Massa já discursou, reconheceu a derrota e desejou boa sorte para o presidente eleito.
“O mais importante que deve ser deixado aos argentinos é a mensagem de convivência, diálogo e paz diante de tanta violência e desqualificação, é o melhor caminho que podemos seguir. Havia dois caminhos, optamos pelo sistema de segurança nas mãos do Estado, defendemos o caminho da defesa da educação e da saúde pública como valores centrais, para as nossas PME, que é a melhor forma de construir prosperidade, mobilização social ascendente e progresso para nossa nação. Os argentinos escolheram outro caminho. A partir de amanhã, a tarefa de dar certezas e transmitir garantias sobre o funcionamento social, político e econômico é responsabilidade do presidente eleito. Esperamos que o faça”, discursou Massa.
O candidato Javier Milei é considerado de extrema direita. Durante a campanha, ele afirmou que romperia relações com o Brasil e a China, e que a prioridade do seu governo seria com os Estados Unidos e União Europeia. Ele defende ampla privatização, dolarização da moeda e Estado mínimo.
Segundo a imprensa argentina, o discurso fez parte do marketing político e dificilmente Milei romperá as relações com o principal país da América do Sul, sendo o seu mais importante parceiro comercial do continente.
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Por Paulo Souza/Hora News
