“O fato de o setor patronal do comércio de Sergipe não permitir que os trabalhadores e as trabalhadoras possam assistir aos jogos da seleção brasileira na Copa do Mundo de Futebol Feminino é lamentável e mostra uma falta de reconhecimento e estímulo às jogadoras da seleção feminina”, avalia Luan Almeida, presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Aracaju e suas Abrangências Intermunicipais de Sergipe.
A ponderação do dirigente sindical se refere à decisão do empresariado de não alterar o horário de funcionamento nos dias de jogos da seleção brasileira, como definido pelos governos Federal e do Estado de Sergipe – que decretaram ponto facultativo durante o horário desses jogos -, definição adotada também por órgãos do judiciário e parte de outras categorias.
Apesar das tentativas de negociação do sindicato para alteração do horário de funcionamento do comércio nos dias de jogos da seleção feminina, o patronato se manteve irredutível. “Essa postura contrasta fortemente com o tratamento dado aos jogos de futebol masculino na Copa do Mundo, onde todos eram liberados para torcer pela seleção brasileira, inclusive nas dependências do próprio sindicato dos trabalhadores do comércio”, relembra.
Para Luan Almeida, a disparidade de tratamento entre o futebol masculino e feminino reflete a falta de valorização do esporte praticado por mulheres no Brasil e o preconceito de gênero que persiste na sociedade.
De acordo com o dirigente sindical, ao negar aos trabalhadores e às trabalhadoras do comércio a possibilidade de assistir aos jogos da Copa de Futebol Feminino, o setor patronal do comércio de Sergipe envia uma mensagem de desestímulo ao esporte feminino e, por extensão, contribui para a perpetuação da desigualdade de gênero no Brasil. “Isso é especialmente preocupante em um cenário em que a luta pela igualdade de oportunidades e valorização das mulheres é uma pauta importante e urgente”, pondera.
“Esperamos que o setor patronal do comércio de Sergipe reveja sua postura e reconheça a importância de valorizar e apoiar o futebol feminino, proporcionando aos seus trabalhadores a oportunidade de participar e torcer pelas jogadoras da seleção brasileira”, argumenta Luan Almeida.
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Fonte: ascom/divulgação