Nesta quinta-feira, 22, às 9h, foi realizado no Centro de Endocrinologia e Diabetes do Instituto de Promoção e de Assistência à Saúde de Servidores do Estado de Sergipe (Ipesaúde) mais uma edição do Projeto Sala de Espera. Desta vez, os pacientes receberam orientação das nutricionistas Flávia Silva, Rakel Bráz Mota e Cinthia Fontes sobre a importância e o cuidado com a alimentação no período junino.
Levando em consideração a máxima de que tudo demais é sobra, as três nutricionistas falaram para os beneficiários presentes no Centro sobre a importância do equilíbrio alimentar, destacando que os alimentos típicos do mês de junho devem ser consumidos com moderação.
Flávia Silva pontuou que, nos festejos juninos, são encontradas iguarias ricas em milho, amendoim e coco, que se transformam em alimentos ainda mais calóricos quando são acrescidos de ingredientes como açúcar e leite de coco. Na palestra, ela deu dicas de como realizar a troca desses alimentos por opções melhores.
“Podemos substituir o leite condensado pelo leite desnatado e o açúcar cristal pelo demerara quando formos fazer a preparação de canjica, mugunzá e arroz doce. Além disso, faz-se necessário evitar as quantidades absurdas de sal”, disse.
A nutricionista afirmou, ainda, que é fundamental consumir os alimentos dessa época com equilíbrio. “Comer pouco, tentar experimentar de tudo, mas não abusar, porque são nos excessos que ocorrem o consumo de alimentos com maiores calorias, e a pessoa acaba ganhando peso”, alertou.
Moderação
Flávia Silva disse que no Centro de Diabetes existe um público que apresenta diversas patologias, a exemplo de hipertensão e diabetes, e torna-se necessário ficar mais atento quanto ao equilíbrio alimentar dos pacientes. “É preciso deixar claro que eles não devem deixar de consumir, mas que o consumo tem que ser feito com moderação, de forma equilibrada”, pontuou.
Ela ressaltou também que o paciente deve saber que o carboidrato do alimento tem que ser consumido de forma mais controlada para que a sua glicemia não se altere e ele acabe sem usufruir dos festejos juninos. “Se tudo for feito direito, será possível dançar, cantar, comer… O equilíbrio tem que estar presente sempre, afinal, tudo demais é sobra. Dá sim para comer um pedacinho de canjica, de pamonha, dançar um pouquinho para gastar caloria, e depois tomar água”, assegurou.
Para quem adquire o alimento pronto, a nutricionista explica que é necessário saber a procedência daquilo que se compra para consumir. Ela orienta os pacientes a sempre pesquisar preparações que venham com informações nutricionais, porque aí há a possibilidade de saber a quantidade de carboidratos, gordura e açúcar presentes nos alimentos.
Aprovação
A beneficiária Dilza Gonçalves da Silva Rodrigues, 70 anos, é diabética e hipertensa e faz tratamento no Centro de Endocrinologia e Diabetes. Ela disse que a palestra foi muito relevante, porque são informações necessárias e que todos os pacientes precisam saber.
“A minha nutricionista é a Raquel, e eu já estou mais disciplinada em relação à escolha dos alimentos. Já sei o que posso comer e o que eu não posso. Faço de tudo para não ultrapassar”, disse. Ela também revelou que as informações dadas na palestra foram importantes, porque muitas pessoas que estavam presentes ainda não sabiam.
Marcos Antônio de Jesus Monteiro veio até a unidade para acompanhar a sua mãe, a professora aposentada Maria Eunice de Jesus Filha, 83 anos, que é beneficiária do Ipesaúde. Ele disse que a palestra foi muito importante, porque os pacientes diabéticos ficaram sabendo o que podem ou não comer durante os festejos juninos. “A gente sabe que o que mais prejudica o ser humano é a comida em excesso. A palestra foi ótima, porque foi uma orientação não só para a minha mãe, mas para todos aqueles que são diabéticos e que precisam saber o que se deve ou não comer para não se prejudicarem no futuro”, disse.
O projeto
A assistente social do Centro, Zaíra Oliveira Góis, disse que a ação integra uma iniciativa do Serviço Social, idealizadora do projeto Sala de Espera, instituído junto com a coordenação da unidade. Segundo ela, pensando nesse momento dos festejos juninos, foi feito um convite às nutricionistas para falar sobre a importância e o cuidado com a alimentação.
“A gente trabalhou esse tema para conseguir alcançar os pacientes, no sentido de orientá-los para que eles não cheguem no final das festividades juninas com os índices glicêmicos e calóricos alterados, em decorrência da ingestão desses alimentos típicos em grande quantidade”, ressaltou.
A coordenadora do Centro, Kelly Bignardi, também destacou a iniciativa do projeto. “O objetivo dessa ação é trazer educação e saúde para o beneficiário. No Projeto Sala de Espera, a gente sempre fala da importância da educação em saúde para os pacientes acompanhados pelo Centro”, afirmou.
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Fonte: ascom, Ipesaúde