Por volta das 15h desta segunda-feira, 17, a primeira gestante a dar à luz na Maternidade Lourdes Nogueira, se encaminhou para a sala cirúrgica. Às 16h01, veio ao mundo a pequena Rhebeca, pesando 3,356kg, e medindo 48,5cm. Saída do município vizinho de Nossa Senhora do Socorro, a mãe, Gisandra Ferreira, de 34 anos, se deslocou à capital para buscar o atendimento humanizado que tanto ouviu comentar e, na primeira unidade materno-infantil pública municipal de Aracaju, encontrou a acolhida para receber sua menina, a mais nova dos três filhos que já teve.
Em meio à movimentação do primeiro dia de funcionamento da maternidade, que atende de domingo a domingo, a então gestante não temeu em procurar os serviços da unidade e, mesmo já tendo tido outras duas experiências anteriores, hoje, um com 3 e outro com 11 anos, sentia-se ansiosa pela chegada da única filha. Para ela, no entanto, a ansiedade foi acalentada por profissionais de olhar e cuidados sensíveis, desde a recepção.
“Estou sem palavras para dizer tudo o que senti desde o momento em que passei pela porta da maternidade. Recebi um atendimento que até me deixou emocionada porque foi tudo maravilhoso. Antes, nem imaginava onde poderia ter minha filha, mas, depois que vi notícias sobre a inauguração dessa unidade, imaginei que seria um ótimo lugar para a chegada de Rhebeca”, relata Gisandra.
Para o primeiro parto realizado, a criança a vir não poderia ter nome mais representativo. Rhebeca, aquela que une. Sendo a primeira maternidade pública municipal, erguida no bairro 17 de Março, unir cuidado, atenção e olhar humanizado à população, sobretudo às pessoas em algum nível de vulnerabilidade, é o que move os trabalhos da unidade desde a concepção do projeto.
“Foi um dia de muita expectativa. Desde cedo passamos a acompanhar o fluxo na maternidade. Várias gestantes estiveram na maternidade para serem avaliadas, diversas voltaram para as suas casas porque ainda não estava no momento. É um dia de muita alegria para todos nós”, enfatiza a secretária municipal da Saúde, Waneska Barboza ao destacar, ainda, o tipo de atendimento que passa a ser ofertado na capital.
“O compromisso da gestão é ofertar para a população uma maternidade que acolha, que abrace, que trate as pessoas com dignidade. Essas mulheres vêm para a cá num dos momentos mais importantes de suas vidas, que é o momento de dar à luz, e elas precisas encontrar um ambiente seguro, acolhedor, um ambiente humanizado, que dê amor a elas e, também, que esses bebês que estão chegando ao mundo, venham cercado de amor. Com certeza, isso fará diferença no crescimento dessas crianças. Nosso desejo é que possamos transformar a sociedade daqui pra frente”, reitera Waneska.
O médico Rafael Rocha foi o responsável pela realização do parto.
“Foi um parto bem tranquilo, uma paciente que já tinha cesarianas anteriores e já tinha indicação de fazer o parto. Conseguimos atendê-la com tranquilidade, a encaminhando para o centro cirúrgico e todo o procedimento transcorreu muito bem. Foi uma cirurgia que durou em torno de 50 minutos e foi desenvolvida como esperávamos. Assim que pôde estar com a mãe, a bebê já foi amamentada e segue bem”, relata o obstetra.
Acolhimento
Ao longo do primeiro dia de funcionamento, a maternidade acolheu diversas gestantes, seja para avaliação ou orientação do quadro gestacional.
Diretora técnica médica da maternidade, Stephanie Almeida salienta que os serviços foram iniciados logo às 7h desta segunda, atendendo a primeira gestante.
“Assim que a gestante chega, é avaliada e, caso esteja, de fato, em trabalho de parto, já é encaminhada para o internamento. Caso não esteja em trabalho de parto, é orientada e vai continuar o pré-natal, sendo alertada sobre os sinais para buscar a maternidade no momento certo e, caso ocorra algo além do previsto, ela também recorra à maternidade”, ressalta Stephanie.
Com foco no cuidado humanizado, a diretora explica que, quando se trata de parto, o tratamento existe em qualquer que seja a modalidade.
“O parto humanizado é um conjunto de práticas que respeita a autonomia da mulher, então, por exemplo, o parto cesáreo também é humanizado, aqui na maternidade, inclusive, ele salva vidas, é um procedimento cirúrgico que, quando bem indicado, salva a vida tanto da mãe quanto a do bebê. Se tivermos uma paciente de baixo risco, sem nenhuma indicação para uma cesariana, ela terá um parto normal humanizado, mas se precisar, terá uma cesárea humanizada, também”, destaca a diretora.
Com 38 semanas de gestação, Thainara Priscila Hora Silva dos Santos queria ser a primeira a parir na nova maternidade, mas o bebê ainda quer aguardar mais um pouco.
“Comecei a sentir algumas contrações e decidi vir para a maternidade. Como já morei no 17 de Março e, hoje, moro ao lado, no Santa Maria, seria o caminho mais rápido. Além disto, queria ser a primeira a ter o filho nessa maternidade. Fui muito bem atendida, os profissionais me explicaram tudo direitinho e me recomendaram esperar mais um pouco porque ainda não está no tempo. Só por esse primeiro atendimento, já fiquei mais tranquila. Foi ótimo”, considera Thainara.
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Fonte: Agência Aracaju de Notícias