Muitos homens em Sergipe e ao redor do mundo sofrem quando o assunto é o órgão sexual. Culturalmente visto como um símbolo de masculinidade e virilidade, o tamanho, em boa parte desses casos, não é apenas um problema de ordem estética, mas sim anatômica. Segundo pesquisas, o comprimento médio do pênis é de cerca de 12 a 14 cm, porém até 90% dos homens podem considerar o tamanho deste órgão menor do que desejariam. Destes, apenas uma pequena parte apresenta realmente um quadro de micropênis. Quando presente, o problema impacta a saúde mental e compromete a vida sexual desses homens, um quadro grave que fez Dr. André Yoichi, Urologista e Cirurgião radicado em Aracaju, se capacitar neste tipo de cirurgia.
Em entrevista, o médico falou sobre a importância do curso realizado. “O objetivo do meu treinamento foi trazer uma opção de tratamento para aqueles pacientes que realmente possuem esse problema e enfrentam sofrimento e constrangimento constante devido ao não desenvolvimento adequado do pênis. Aqueles que se avaliam como portadores de pênis pequeno, porém estão dentro do que é considerado normal podem na realidade apresentar um quadro de transtorno dismórfico corporal, uma percepção distorcida da aparência do seu corpo como um todo ou de seu órgão sexual especificamente. As pessoas que se encaixam neste perfil também precisam de ajuda, porém a cirurgia não é uma opção. Já aqueles que realmente tem indicação para a cirurgia, o procedimento pode impulsionar a autoestima e consequentemente reduzir o sofrimento crônico e até mesmo a depressão e a ansiedade ligadas ao fato de possuírem micropênis”, explica.
Em muitos casos, a preocupação tem início na infância e na adolescência. “O convívio social é fortemente afetado, principalmente na escola em situações onde a criança ou o adolescente ficam inibidos no mictório, por exemplo, e acabam até mesmo sofrendo bullying, em outros locais como no banheiro da academia, nos vestiários de campos de futebol e situações que envolvem banheiro comum também pode causar uma certa inibição ou constrangimento, podendo afetar o comportamento e até mesmo influenciando negativamente a busca por relacionamentos interpessoais”, detalha Dr. André.
Um conjunto de situações podem causar uma aparência de um pênis não desenvolvido adequadamente, assim a técnica cirúrgica deve se adaptar para cada caso na busca do melhor resultado, mas é possível através de técnicas cirúrgicas alongar e quando necessário também aumentar a circunferência do pênis, produzindo um “engrossamento” do pênis, sem uso de próteses ou aplicação de substâncias. “Outras situações em que o paciente também pode se beneficiar são os casos de amputações traumáticas por acidente, automutilação ou após cirurgia por câncer de pênis, quando o homem perde parte do pênis, reduzindo assim o seu tamanho e por vezes impossibilitando ou prejudicando o ato sexual”, finaliza.
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Fonte: Rodrigo Alves, jornalista