O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou o nome dos novos ministros do seu próximo governo, que começa oficialmente em menos de 10 dias. O anúncio foi feito em uma coletiva de imprensa, que foi transmitida ao vivo, na manhã desta quinta-feira (22/12), no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).
Com o auditório lotado no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde funcionou o gabinete de transição do novo governo, o presidente eleito anunciou 16 novos nomes para os ministérios do futuro governo.
Com a previsão de 37 ministérios — seis já estavam confirmados — e com os anúncios desta terça, ainda ficam faltando 13 nomes para o ministério. Segundo Lula, esses últimos nomes devem sair até “segunda ou terça” da próxima semana.
Antes de falar sobre os nomes, Lula e Alckmin apresentaram o relatório sobre os trabalhos do grupo de transição. No documento, o novo governo apontou falhas da liderança de Bolsonaro.
Lula antecipou que deve trabalhar mais neste terceiro mandato que trabalhou nos dois primeiros, mas que tem o objetivo de equacionar o problema social da fome, “Eu quero sair, quando eu acabar o meu mandato sendo mais eficiente com a parte mais pobre” disse o presidente eleito.
Lula convocou a coletiva na noite de quarta-feira (21/12), logo após a aprovação pelo Congresso da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição.
Até o momento, haviam sido confirmados Fernando Haddad, na Fazenda; Flávio Dino, na Justiça e Segurança Pública; José Múcio Monteiro, na Defesa; Rui Costa, na Casa Civil; e o embaixador Mauro Vieira nas Relações Exteriores. A cantora Margareth Menezes foi convidada por Lula e que aceitou assumir o Ministério da Cultura, mas ainda não foi oficialmente anunciada. O ex-governador Camilo Santana também deve ser confirmado para a Educação.
O ministros já anunciados:
Confira abaixo os nomes já escalados para o primeiro escalão do novo governo Lula:
Advocacia-Geral da União: Jorge Messias. Procurador da Fazenda Nacional.
Casa Civil: Rui Costa. Atual governador da Bahia, o economista foi eleito em 2014 e reeleito em 2018. Nas suas gestões, ampliou programas como o Luz Para Todos e o Minha Casa Minha Vida para o povo baiano.
Controladoria-Geral da União: Vinícius Carvalho. Advogado e ex-presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Ministério da Ciência e Tecnologia: Luciana Santos. Vice-governadora de Pernambuco, presidenta do PCdoB e ex-deputada federal. Engenheira elétrica formada pela Universidade Federal de Pernambuco.
Ministério da Cultura: Margareth Menezes. Cantora baiana e referência para a música brasileira, é fundadora do selo Estrela do Mar Records e da Associação Fábrica Cultural.
Ministério da Defesa: José Múcio. Engenheiro civil, foi ministro das Relações Institucionais de 2007 a 2009 e ministro do Tribunal de Contas da União de 2009 a 2021.
Ministério da Educação: Camilo Santana. Foi governador do Ceará por duas gestões e senador eleito pelo Estado. Formado em Agronomia pela Universidade Federal do Ceará e mestre em desenvolvimento e meio ambiente.
Ministério da Fazenda: Fernando Haddad. Professor de ciência política, graduado em direito e com mestrado em economia e doutorado em filosofia, Haddad foi prefeito de São Paulo e ministro da Educação de 2005 a 2012, sendo responsável pela criação do Prouni.
Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos: Esther Dweck. Economista, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro e atuou no Ministério do Planejamento.
Ministério da Igualdade Racial: Anielle Franco. Diretora do Instituto Marielle Franco. É graduada em Inglês e Literaturas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro e em Jornalismo pela Universidade Estadual da Carolina do Norte.
Ministério da Justiça: Flávio Dino. Ex-juiz federal, Dino foi governador do Maranhão, presidente da Embratur, professor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e, nas últimas eleições, foi eleito senador pelo povo do Maranhão.
Ministério da Mulher: Cida Gonçalves. Foi secretária nacional do Enfrentamento à Violência contra a Mulher e ajudou a fundar a Central dos Movimentos Populares no Brasil.
Ministério da Saúde: Nísia Trindade. Presidenta da Fiocruz desde 2017 e socióloga. É professora da Casa de Oswaldo Cruz e do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IESP-UERJ).
Ministério das Relações Exteriores: Mauro Vieira. Foi embaixador na Argentina e nos Estados Unidos e chanceler do governo federal em 2015. Atualmente, é embaixador na Croácia.
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio: Geraldo Alckmin.Vice-presidente eleito do Brasil, governador de São Paulo por quatro mandatos, foi deputado federal e prefeito de Pindamonhangaba. Coordenou a equipe de transição.
Ministério do Desenvolvimento Social: Wellington Dias. Foi por quatro vezes governador do Piauí e eleito duas vezes senador pelo Estado. Foi deputado federal e estadual.
Ministério do Trabalho: Luiz Marinho. Foi ministro do Trabalho e Previdência, prefeito de São Bernardo do Campo e presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
Ministério dos Direitos Humanos: Silvio Almeida. Pós-doutor pela Faculdade de Direito da USP, professor da FGV e Mackenzie e professor visitante da Universidade de Columbia. Presidente do Instituto Luiz Gama.
Ministério dos Portos e Aeroportos: Marcio França. Foi governador de São Paulo, prefeito de São Vicente, deputado federal e é presidente da Fundação João Mangabeira.
Secretaria das Relações Institucionais: Alexandre Padilha. Foi ministro da Saúde e das Relações Institucionais. É médico e deputado federal.
Secretaria Geral da Presidência: Marcio Macedo. Deputado federal, vice-presidente do PT. Biólogo formado pela Universidade Federal de Sergipe, foi secretário do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos de Sergipe.
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Redação, com informações do site do PT Nacional