A Campanha Nacional de Vacinação Contra a Poliomielite começa nesta segunda-feira e vai até o dia nove de setembro. Em todo o país, crianças com mais de seis meses de vida e com menos de cinco anos de idade devem ir até um posto de saúde tomar gotinhas de uma doença que corre o risco de voltar.
Conhecida como paralisia infantil ou poliomielite, ela foi erradicada do Brasil em 1989. Mas em fevereiro deste ano, um surto do vírus foi identificado no Malawi, na África, continente que não registrava nenhum caso desde 1992.
E o que preocupa profissionais de saúde e gestores no Brasil é a baixa procura pela vacina, que é tomada em três doses, segundo o Programa Nacional de Imunizações.
Após dez anos de a vacina estar disponível no SUS, o número de imunizados vem caindo. A taxa brasileira está abaixo do parâmetro exigido pela Organização Mundial da Saúde, de 95% do público-alvo.
Nenhum estado aqui no Brasil atingiu essa meta da Onu. No sul do país, por exemplo, que é a região com maior índice de vacinados, apenas 79% do público alvo está imunizado, enquanto no Norte, os estados atingiram apenas 61% deste público.
No estado do Amazonas, a cobertura vacinal foi de apenas 68%, como relata a enfermeira do Departamento de Vigilância Epidemiológica do Amazonas, Angela Desirée: “O estado nos últimos quatro anos não alcançou a cobertura vacinal preconizada pelo Ministério da Saúde que era uma cobertura de 95%. O estado vem apresentando um cenário de alto risco para a introdução da doença.”
De acordo com o calendário de vacinação do Sistema Único de Saúde, a vacina deve ser aplicada, em forma de injeção, em bebês aos dois, quatro e seis meses de vida. Após esse período, as crianças devem receber as doses de reforço que são oferecidas durante as campanhas em forma de gotinhas.
Acompanhe também o SE Notícias no Twitter, Facebook e no Instagram
Fonte: Agência Brasil