Em apenas uma semana, estudantes, docentes e servidores técnico-administrativos registraram 14 denúncias de descumprimento das medidas sanitárias na Universidade Federal de Sergipe, após o início das atividades híbridas/presenciais no último dia 31 de janeiro.
As denúncias envolvem casos de aglomerações no Restaurante Universitário, salas de aula com número excessivo de estudantes, ausência de solicitação do comprovante vacinal na entrada da universidade, laboratórios e salas sem ventilação, falta de álcool em gel nos prédios e pessoas circulando com a máscara de forma inadequada ou mesmo sem máscara.
Uma estudante oferece um relato detalhado que evidencia a gravidade do problema. “Ontem fui para aula presencial. No transporte público estamos quase que totalmente expostos, a realidade é nossa máscara versus falta de distanciamento, aglomeração e pessoas com sintomas gripais e máscaras folgadas/caindo. Além disso, ao chegar na UFS preparei meu cartão de vacinação para mostrar, mas em momento algum me foi solicitado para ingresso em qualquer área, sala e etc. Ao chegar na sala (que já havia sido mudada sem avisos) me deparo com sala sem ventilação na didática 1, poucas janelas abertas, umas 20 pessoas ou mais, sem ventilador ou ar-condicionado. Foi horrível. Ao meu lado uma colega deixava máscara só na boca, acredito que muito incomodada com o calor, porém acabando por ferir as recomendações sanitárias. Para ficar afastada com distanciamento suficiente, precisei sentar no fundo da sala, na última cadeira. Devido à máscara, ao calor e à preocupação com a situação, não consegui me concentrar corretamente na aula”.
Numa das denúncias, um estudante informa que “um dos meus professores iniciou as aulas presenciais, mas já teve que cancelar as aulas por sintomas gripais, já outro professor não pôde nem iniciar as aulas porque está com sintomas de COVID”.
Ao afirmar que esta situação o “assusta e deixa apreensivo”, o estudante acredita que “não tem o menor cabimento o retorno presencial expondo professores e alunos desta maneira”.
Outro denunciante frisou que “em nenhum momento houve solicitação do comprovante de vacinação, nem na portaria, nem ao entrar nas salas de aula” e questionou: “como garantir que estão vacinados mesmo? Pedir o comprovante pelo sistema é uma coisa, mas exigir a comprovação para entrar é uma medida que não está sendo cumprida”.
As denúncias têm sido feitas por um formulário criado pela Associação dos/as Docentes da Universidade Federal de Sergipe como parte das ações em defesa da saúde e da vida de toda a comunidade acadêmica.
Foi esse cenário preocupante que motivou a decisão das professoras e professores da UFS, em Assembleia na última terça-feira, 25/01, de suspensão do retorno das atividades presenciais ou híbridas a partir de 31 de janeiro, em rejeição à Portaria 1446 da UFS, e manutenção temporária do ensino remoto.
O formulário pode ser acessado em www.adufs.org.br ou no link a seguir: https://forms.gle/6Dt2c2iBWsnM5PoS6
Vale lembrar que não há, no formulário, obrigatoriedade de identificação da pessoa que faz o registro. E em acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados, as informações pessoais coletadas pelo formulário são de uso exclusivo da ADUFS, garantindo-se o tratamento dos dados de maneira a, em caso de divulgação das denúncias, impossibilitar a identificação das pessoas.
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Fonte: Assessoria de Comunicação da ADUFS