O Hospital da Criança Dr. José Machado de Souza, unidade sob a competência da Secretaria de Estado da Saúde (SES), tem recebido crianças acometidas pela doença mão-pé-boca, uma enfermidade viral causada pelo vírus Coxsackie da família dos enterovírus. O vírus habita normalmente no sistema digestivo e pode provocar estomatites, ou seja, aftas que afetam a mucosa da boca dentre outros sintomas.
Segundo a superintendente do Hospital da Criança, Catharina Correa, os atendimentos a pacientes com a mão-pé-boca são considerados, na maioria dos casos, como de baixa complexidade, podendo evoluir para mais grave em caso de desidratação. Por isso, é tão importante o cuidado com a hidratação das crianças nesses casos. Os atendimentos de baixa complexidade ultrapassam 50% das assistências prestadas pela unidade de saúde infantil. “Os atendimentos em urgência pediátrica tem um perfil sazonal, ao percebermos o aumento de um determinado tipo de patologia, ficamos em alerta sobre o aumento de doenças que se dão em um curto período, como é o caso da doença mão-pé-boca. Diante disso, precisamos falar sobre a prevenção para diminuir o índice de transmissão”, destaca a gestora.
Alessandra Andreia Gomes, pediatra do Hospital da Criança, falou das características da mão-pé-boca. “É altamente contagiosa, as crianças passam por contato umas para as outras, por isso, temos muitos casos aparecendo. É uma doença que pode acontecer durante todo ano, porém, em algumas épocas ela prevalece”, relata a profissional de saúde.
A pediatra explica os sintomas mais comuns que acometem as crianças e como é feito o atendimento. “A crianças de modo geral começam com febre alta, recusa alimentar, aparecem vesículas vermelhas que coçam muito em membros inferiores e superiores, genitais e lesões aftosas no céu da boca dificultando a alimentação. É uma doença viral que não tem uma medicação específica, se resolve sozinha, reduzimos os sintomas com remédio para febre e dor. O que pode acontecer de mais grave é a criança se desidratar por não aceitar líquido, nesses casos diferenciados, essas crianças precisam ficar internadas. A doença dura em torno de uma semana, com os dias as lesões vão sumindo até a pele voltar ao normal. A febre ocorre, geralmente, no início da doença, depois cessa”, informa a pediatra do Hospital da Criança.
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Fonte: ascom/SES