A Polícia Civil concluiu o inquérito que apurava as causas do incêndio que ocorreu na Unidade de Pronto Atendimento Nestor Piva. As chamas atingiram a sala de tratamento contra a Covid-19, no dia 28 de maio. O resultado das investigações já foi encaminhado à Justiça. O inquérito policial culminou no indiciamento de duas pessoas, uma sócia-administrativa do Centro Médico do Trabalhador, empresa que administra a unidade hospitalar desde 2019, e e responsável pela prestação de serviços elétricos.
Os indiciamentos foram pelos artigos 250 e 258, do Código Penal, que dispõem, respectivamente, da prática de causar incêndio, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem e lesão corporal de natureza grave, com pena agravada no caso de resultado morte. Os tipos penais foram considerados na modalidade culposa.
Os peritos do Instituto de Criminalística identificaram que a hipótese mais provável para o incêndio foi o fenômeno termoelétrico de sobrecarga na sala de prescrição médica, em decorrência do aumento da potência do sistema elétrico, como consequência da derivação realizada no circuito a partir de uma das tomadas da sala que fica ao lado.
O inquérito policial concluiu que, na qualidade de sócia administrativa do Centro Médico do Trabalhador, cabia a responsabilidade de zelar pela observância, em última instância, dos cuidados necessários para o cumprimento de normas técnicas regulamentares, em especial quanto aos mecanismos apontados pelo Corpo de Bombeiros, referentes aos sistemas preventivos e de combate a incêndio. Um homem foi identificado como a pessoa diretamente responsável pela derivação de tomadas apontada como causa de sobrecarga elétrica pelo Instituto de Criminalística.
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Fonte: SSP/SE