Enfermeiros de Sergipe realizaram um ato, nesta quarta-feira (30), na porta do Hospital de Urgência João Alves Filho, em Aracaju, para pedir a aprovação, pelo Senado, do projeto de lei que regulamenta o piso salarial da categoria.
Segundo a presidente do sindicato dos enfermeiros em Sergipe, Shirley Morais, os profissionais aderiram a paralisação de 24 horas, mas os serviços relacionados ao atendimento de pacientes com Covid, de UTIs e USBs estão mantidos.
“A gente tem uma realidade muito triste aqui no estado de Sergipe. Temos técnicos e auxiliares de enfermagem, que não têm contratos e que estão em cooperativas, que recebem menos que um salário mínimo. Enfermeiros formados que recebem quase um salário mínimo. Enquanto a gente tem outras unidades de saúde que recebem um pouco mais”, explicou.
Ainda de acordo com ela, falta um piso salarial nacional. “Diante da ausência é que nós estamos lutando no Congresso Nacional para que exista um piso e também a regulamentação para a jornada de 30 horas, que é um outro projeto que tramita na Câmara de Deputados. Porque aqui, também não temos regulamentada essa jornada de 30 horas. Então, nós temos profissionais que são da enfermagem e que são assediados a fazer mais de 44 horas semanais, que é o permitido pela lei no país. Mas eles se submetem a baixos salários e a sobrecargas de jornadas de trabalho por conta da necessidade”, disse.
O projeto prevê salário básico de R$ 7.315 para enfermeiros, 70% do valor para técnico de enfermagem, e 50% para auxiliares de enfermagem e parteiras.
“O regimento do Congresso diz que quando atinge 55 assinaturas de senadores o projeto tem que ser votado em até duas sessões. E hoje, 30 de junho, é o prazo final para o regimento. O que o governo federal alega é que não vai votar, enquanto a enfermagem não optar em reduzir salários, disse.
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Fonte: G1 SE