A família de José Fernando Silva, 70 anos, informou nesta segunda-feira, 14, que o corpo do idoso que faleceu no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) foi enterrado por engano no município de Capela. Os familiares estavam desde o domingo, 13, em busca de informações sobre a localização do corpo do idoso.
“O hospital confirmou em uma reunião realizada nesta manhã que o corpo do meu pai foi localizado em Capela. O hospital diz que ele foi enterrado por engano no dia de ontem”, lamenta Neide Almeida, filha do idoso. Ela explica que o pai faleceu neste domingo, 13, no Huse, mas que o corpo não foi encontrado no hospital.
“Assim que meu pai faleceu, disseram para a gente ir ao IML dá entrada na liberação do corpo. Fomos lá no final da tarde de ontem, mas informaram que o corpo dele não tinha sido transferido por causa de um erro na documentação. Fomos novamente ao hospital e eles disseram que meu pai foi entregue para outra família”, resume Neide.
Ainda segundo a filha, a notícia foi terrível. “Queríamos saber onde o corpo do meu pai estava para podermos nos despedir de forma digna. Felizmente hoje de manhã tivemos a resposta. O hospital disse que ele foi enterrado no lugar de um homem que morreu de Covid-19. Por isso o enterro tinha sido rápido lá em Capela”, diz.
Nota do Huse
O diretor administrativo e financeiro do Hospital de Urgências de Sergipe Governador João Alves Filho (Huse), Manoel Mário Ferreira, se reuniu na manhã desta segunda-feira, 14, com os representantes da assessoria da superintendência, assessoria jurídica, coordenação administrativa, serviço social e supervisão administrativa, para esclarecimento da troca de corpos de dois pacientes que estavam internados no hospital e que foram a óbito no último domingo, 13. Além dos representantes do Huse, familiares dos falecidos também participaram da reunião para esclarecimento dos fatos e as medidas a serem adotadas para conclusão do caso.
O diretor lamentou o ocorrido e admitiu a falha no procedimento de liberação do corpo ao não seguir o protocolo de conferência dos documentos necessários para a entrega do óbito, o que contribuiu para a ocorrência constrangedora e inaceitável. Ele ressaltou ainda que a família de uma das pessoas que veio a óbito reconheceu o outro corpo como sendo do seu familiar, o que colaborou para a troca e que mesmo reconhecendo o erro administrativo, se colocou à disposição para o translado do corpo, além de adotar as providências necessárias para que cada família possa fazer o sepultamento digno do seu ente querido.
Diante do erro, será aberta uma sindicância administrativa para apurar os fatos e punir os culpados.
Direção Administrativa e Financeira/HUSE
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Com informações do jornalista João Paulo Schneider, do portal Infonet