Marco Pinheiro, presidente da Associação Comercial e Empresarial de Sergipe (Acese), entende que é importante que os comerciantes tenham o direito de abrir as portas nos dias 15 e 16 deste mês, quando deveria acontecer o Carnaval. Segundo ele, como não há nenhuma proibição ou uma permissão, deve-se respeitar a liberdade do empresário decidir o que é melhor para o seu negócio.
“Não existe o feriado de carnaval. O que sempre existiu foi a cultura de darmos a folga. Mas esse ano exige o bom senso. Vai da cabeça de cada um a sua necessidade. Cada um sabe o que é melhor: abre o comércio quem quiser e fecha quem quiser também”, alega. O presidente justifica que a garantia desse direito representa a defesa dos empregos e das vidas.
“Impor o fechamento é um contrassenso em um momento em que estamos lutando para reaver a economia. Muitas empresas ainda estão tendo dificuldades para enfrentar a crise e manter seu negócio funcionando. Por isso, abrir um ou dois dias a mais tem sua relevância. Ajudar a manter esses empreendimentos vivos significa manter empregos em um momento em que postos de trabalho estão se escasseando”, defende.
“Vale lembrar que as festividades de carnaval foram suspensas e o próprio Governo não decretará ponto facultativo. Isso porque há uma preocupação de evitar festas, aglomerações e, é claro, com a saúde e salvando vidas. Temos esse mesmo pensamento: a garantia da vida e do emprego que ajuda pais e mães de família a garantir o seu sustento”, completa Pinheiro.
O posicionamento do presidente vai de encontro ao argumento do Sindicato dos Comerciários que deseja o fechamento das lojas nos dias 15 e 16. A entidade alega que há um acordo coletivo garantindo a folga neste período. Porém, o gestor da Acese explica que o acordo não está mais vigente desde 2020. “É uma análise prática: a convenção coletiva não tem mais validade. Não há mais que se estender”, garante.
O presidente da Acese acrescenta que outros setores deverão funcionar durante os dias de carnaval. Contudo, não há nenhuma ação ou crítica neste sentido. “O julgamento que está sendo feito é somente em torno do comércio. Bares, restaurantes e serviços de uma maneira geral vão funcionar. Por que somente os comerciantes não poderão abrir as suas portas?”, questiona Pinheiro.
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