Em Gavião, comunidade do município de Graccho Cardoso, mulheres e jovens utilizam a confecção e pintura de tecidos para gerar trabalho e renda e como fonte de inclusão socioprodutiva. O que é de total relevância para uma comunidade que antes sobrevivia apenas da agropecuária. O ateliê de corte e costura é uma mostra de como a participação popular, a união e o trabalho podem modificar uma realidade.
Localizada no médio sertão sergipano, a Associação de Desenvolvimento Social e Comunitária do povoado Gavião (ADESCOM), com o apoio do Dom Távora – que conta com o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) – produz faixas, camisas, jalecos e bonés criados sob encomenda para escolas, hospitais e empresas de toda região ou vendidos, individualmente, em feiras livres.
O fato é que a comercialização é uma alternativa de geração de renda em atividades não-agropecuárias, o que representa uma mudança positiva na vida de pessoas do campo, fazendo com que possam construir uma nova perspectiva de futuro. “Ficamos muito felizes em ter essa oportunidade de corte, pintura e costura em tecido. Para a gente, que vivia somente da agricultura, ter outra fonte de renda é fundamental, porque independente do clima no campo, dos tempos de seca, teremos nossa produção”, explica Marleide dos Santos, agricultora e costureira.
Outra agricultora, Jane Cleide dos Santos, trabalha na produção das peças de roupa desde a abertura da associação. Jane ressalta outra mudança além da que reflete na economia. “A costura me trouxe não só uma renda, mas a oportunidade de fazer novas amizades e de reescrever a minha história. Produzir é uma experiência motivadora”, vibra Jane, sem esconder o sorriso largo.
Jovens do povoado também integram o projeto. Alguns são responsáveis pela manutenção e reparos em todas as máquinas e outros ajudam na costura. “Entrei no grupo e na primeira semana já houve desejo de aprender cada vez mais e me especializar. Como abrimos espaço pra novas pessoas participarem, sempre tem gente com uma ideia nova”, acentua Pedro Saulo Santos de Aragão.
Atualmente, a ADESCOM contribui para o desenvolvimento social, econômico, cultural e ambiental, além de proporcionar melhoria da qualidade de vida para os seus associados.
Por: Egicyane Lisboa/ DRT 2088-SE
Quer receber as principais notícias do SE Notícias no seu WhatsApp? Clique aqui.
Acompanhe também o SE Notícias no Twitter, Facebook e no Instagram