O presidente da Federação dos Empregados no Comércio e Serviços de Sergipe (Fecomse), Ronildo Almeida, destaca a firme postura do governador Belivaldo Chagas, PSD, em manter o isolamento social no Estado e não aceitar a pressão do empresariado sergipano para abertura imediata do comércio num das fases mais críticas da pandemia do coronavírus.
“Estamos vivenciado uma verdadeira queda de braços entre os empresários e o governo, que nessa quinta-feira, 14, chegou ao limite, com a postura equivocada do patronato em pressionar o governador Belivaldo Chagas para abertura do comércio num momento em que se registram altos índices de contaminação e mortes no país, inclusive no nosso Estado. A resposta imediata do Governo de Sergipe em seguir às determinações científicas é fundamental para salvar vidas”, ressalta Ronildo Almeida, presidente da Fecomse.
“Os empresários terão todas as condições e os cuidados no enfrentamento ao coronavírus – transporte adequado, isolamento, material de higiene e equipamento de proteção. E nós, trabalhadores? Teremos que pegar transporte lotado, lidar diretamente com o público, muitas vezes sem a proteção adequada. Esses cuidados são indispensáveis para salvar vidas”, argumenta o sindicalista.
O dirigente reforça a necessidade de que sejam mantidas as medidas de isolamento social no combate à pandemia do coronavírus (Covid-19), seguindo as determinações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e as experiências vivenciadas em outros países, que apontam a quarentena como a melhor alternativa para frear a propagação do vírus.
Segundo Ronildo Almeida, o número de mortos e contaminados cresce a níveis assustadores em Sergipe e no Brasil. Dados divulgados pelo Ministério da Saúde no sábado, 16, mostram que o Brasil ultrapassou 218 mil casos e chegou a 14.817 mortes. Em Sergipe, segundo a Secretaria de Saúde, já são 3.135, com 53 óbitos. No Estado, já há registro de casos de coronavírus também entre os trabalhadores do comércio, especialmente, no ramo de supermercado em grandes redes, com informação, de que já houve óbito.
Prática perversa – “É importante neste momento que priorizemos a saúde coletiva, a vida da população e dos trabalhadores. É muito cômodo para os patrões exigirem a reabertura das atividades no comércio, quando não serão eles que estarão na linha de frente. Nós, trabalhadores, é que iremos nos expor, com o risco de contrair e propagar o vírus, aumentando as doenças e as mortes”, pondera Ronildo Almeida.
Sobre o aspecto econômico, o presidente da Fecomse vê nas atitudes do empresariado uma prática perversa, na qual a economia e o lucro estão acima da vida. “Já estão sendo tomadas medidas pelos governos federal e estadual de ajuda ao empresariado, inclusive do comércio e serviços, como a liberação de linhas de créditos emergenciais para que o setor consiga manter a atividade nesse período de pandemia”, relembra Almeida.
Há também a Medida Provisória – MP – 936/20, do Governo Federal, que flexibilizou as negociações trabalhistas e possibilita a redução proporcional da jornada de trabalho e dos salários, além da suspensão temporária do contrato de trabalho com o pagamento de Benefício Emergencial para a Preservação do Emprego e da Renda.
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Matéria enviada pela assessoria de imprensa da Fecomse