*por João Paulo Schneider e Verlane Estácio
Comemorado nesta quarta-feira, 25, o Natal é uma das datas comemorativas mais antigas e celebradas do mundo. O surgimento de Cristo alterou as rotas da história e dividiu os acontecimentos entre antes e depois do seu nascimento. Segundo o padre João Cláudio Conceição, da paróquia Nossa Senhora Aparecida, o Natal apresenta simbolias que vão além do seu nascimento. Segundo ele, um dos sinônimos desta data é a humanidade que foi vivida por Jesus durante o período que ele esteve entre os homens.“Deus não se limitou apenas a falar sobre os seres humanos. Ele quis ser humano com os humanos”, salienta o Pe. João Cláudio. O clérigo explica que o ponto-chave do Natal reside justamente no fato de Deus assumir a vida humana através do seu Filho. “O Natal acentua o grande mistério da encarnação” , destaca.
A partir dessa encarnação na vida humana, o pe. João Cláudio afirma que a presença de Jesus está diretamente ligada a vivência terrena como um ser legitimamente humano e, ao mesmo tempo, divino. No mistério do Natal nós celebramos o Deus que nasce como os seres humanos, vive como os seres humanos, ri com os seres humanos, se entristece com os seres humanos”, resume. “No credo católico dissemos assim: Deus assumiu a humanidade em tudo, exceto no pecado”, completa.Além da humanidade de Cristo, o pe. João Cláudio também destaca outras simbologias que estão ligadas ao nascimento do Filho de Deus. “Nós dissemos que Jesus é o Emanuel, que significa “Deus conosco”, afirma. Dessa maneira, segundo o padre, Deus quis que seu Filho vivenciasse todos os estágios da vida humana. “As dificuldades encontradas por Ele e por seus pais, Maria e José, até o nascimento, por exemplo, mostram essa dimensão humana”.
Visita dos reis magos e os presentes
Outro ponto destacado pelo religioso consiste na visita dos três reis magos do oriente até o estábulo onde se encontrava Jesus. “Eles foram pessoas que partiram de lugares e culturas distintas, mas com o mesmo ideal: reverenciar o nascimento de Cristo”, afirma. Em relação aos presentes levados: incenso, ouro e mirra, o pe. explica que não foram escolhidos ao acaso. Todos eles têm significado.
“O ouro é representado pela realeza que está contida no nascimento do Filho de Deus”, destaca o clérigo. Segundo ele, era comum nos tempos em que Jesus nasceu oferecer o metal como sinônimo grandeza. Já o incenso é o que aproxima o Filho de Deus da vida humana que ele teve. “O incenso faz alusão à humanidade de Jesus. Teologicamente Jesus tem duas naturezas: a divina; e a humana”. “Quis o Deus-Pai que o seu Filho assumisse a nossa humanidade”, explica. E a mirra, por fim, traz um significado futuro. “A mirra faz alusão ao momento que virá: a morte de Jesus. Já que Ele conheceu a vida também estava escrito que, como humano, conheceria também a morte”, destaca. “Era natural no tempo em que Jesus viveu que os corpos fossem envolvidos com a mirra”, salienta.
*por João Paulo Schneider e Verlane Estácio, do portal Infonet
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