A conta de energia vai ficar mais cara no mês de agosto. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou na semana passada que a bandeira tarifária para o mês de agosto será a vermelha, no patamar 1, onde há uma cobrança extra de R$ 4 para cada 100 quilowatts-hora (KWh) consumidos. Em julho, os consumidores já pagaram mais caro, a cobrança foi da bandeira tarifária amarela, quando há um acréscimo de para R$ 1,50 a cada 100 kWh consumidos.
As bandeiras tarifárias refletem os custos variáveis da geração de energia elétrica. A depender das usinas utilizadas para gerar energia, os custos podem ser maiores ou menores. Com a redução das chuvas os níveis dos reservatórios das hidrelétricas estão baixos e as usinas termoelétricas foram acionadas.
“ A utilização do sistema de bandeiras evita que os custos com essa energia mais cara seja repassada para o consumidor no reajuste anual, dessa forma o impacto não é tão alto e o consumidor consegue adequar seu consumo mês a mês”, explica Francis Guimarães, coordenador de serviços comerciais da Energisa.Quando a bandeira está verde, as condições hidrológicas para geração de energia são favoráveis e não há qualquer acréscimo nas contas. Se as condições são um pouco menos favoráveis, a bandeira passa a ser amarela e há uma cobrança adicional de R$ 1,50 a cada 100 kWh consumidos. Quando a bandeira vermelha é acionada, esse valor extra é de R$ 4 por kWh.
Para que o consumidor não sinta tanto esse aumento no bolso, a saída é economizar no consumo dos aparelhos elétricos, a exemplo do ar-condicionado e chuveiro elétrico. “O uso consciente é o melhor caminho. O ar-condicionado e chuveiro elétrico são os grandes vilões do consumo racional, então é preciso revisar os aparelhos e fazer o ajuste de temperaturas. Não ligar o ferro de passar toda hora, não usar a máquina de lavar todos os dias e desligar os aparelhos que ficam em stand byporque consomem energia desnecessariamente, são medidas que ajudam na economia”, orienta Francis.
As constantes chuvas que têm ocorrido na região Nordeste não tem sido suficiente para mudar a situação dos reservatórios das usinas hidrelétricas. “Há muitos reservatórios em regiões do país que está com baixo índice pluviométrico. O uso das termoelétricas e a baixa incidência de chuva acaba incidindo nas bandeiras tarifárias, então é preciso economizar”, conclui.
Por Karla Pinheiro