Prefeitos de oito municípios sergipanos foram recebidos na manhã desta quarta-feira, 30, pelos conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE/SE), na sala de reuniões do órgão. Em pauta, as dificuldades vivenciadas pelos gestores na busca por médicos para atuar na Atenção Básica.
Conforme o presidente da Corte, conselheiro Ulices Andrade, a reunião foi definida logo que o colegiado tomou conhecimento da situação. “Recebemos os prefeitos para discutirmos e buscarmos uma solução de modo que as comunidades não deixem de ter acesso aos serviços de saúde”, comentou o conselheiro.
Os gestores destacaram dois fatores como os principais responsáveis pela falta de médicos: as recentes mudanças do Governo Federal no Programa Mais Médicos e a implementação do registro de ponto eletrônico. “É um problema não só de Sergipe, mas de todo o Brasil; essa questão dos médicos no interior; com o Mais Médicos, tínhamos uma facilidade de deslocamento de pessoas que moravam em nossas cidades para atender nos povoados e com a retirada desses profissionais dificultou bastante”, observou o médico e prefeito de Aquidabã, Mário Lucena.
Ao final da reunião, foi deliberado que os prefeitos, por meio da Federação dos Municípios do Estado de Sergipe (Fames), terão 30 dias para apresentar ao Tribunal uma proposta de regulamentação provisória que venha a contornar a falta de médicos. “Este também é o papel do Tribunal, de ouvir e tomar ciência das dificuldades dos jurisdicionados, para que busquemos soluções favoráveis à população; vamos aguardar a proposta e debater sua viabilidade”, enfatizou a conselheira Susana Azevedo.
A vertente dialógica presente no encontro foi citada ainda pelo prefeito de Estância, Gilson Andrade, que também é médico: “O TCE deixa de ter uma ação punitiva para nos dar a oportunidade de falar, numa ação relacionada à saúde; hoje temos uma dificuldade muito grande de conseguir profissionais médicos e viemos colocar nossas posições e juntos encontrar uma solução para a oferta e procura desses profissionais”, concluiu.
Acompanhe também o SE Notícias no Twitter, Facebook e no Instagram.
Fonte: TCE/SE