Alunos, professores e servidores da Universidade Federal de Sergipe (UFS), do Campus São Cristóvão, realizaram na tarde desta segunda-feira, 6, um ato para protestar contra o corte de 30% do orçamento de todas as instituições de ensino superior e também repudiar a declaração do Ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. Segundo os integrantes do ato, o ministro mentiu ao falar sobre o desempenho científico-acadêmico da UFS.
A ex-aluna da UFS e atual servidora da instituição, Andréia Teixeira, ressalta que as declarações do ministro foram mentirosas.“A fala do ministro mostra um total desconhecimento de tudo o que é produzido na universidade. Nós temos atividades de ensino, pesquisa e extensão que chegam até a sociedade”, diz. Andreia diz que conhece há universidade há mais de 15 anos, somados o tempo de graduação mais o trabalho como servidora pública. “Ao longo desse tempo nunca vi um ato de balbúrdia que justificasse esses cortes”, garante.A servidora diz que o corte de 30% no orçamento da instituição é um princípio de desmonte das pesquisas científicas, que atinge diretamente alunos que são beneficiários de bolsas e programas da assistência estudantil. “Esse corte significa a destruição de muita coisa que foi construída ao longo desses últimos anos. Sem dinheiro não tem como a universidade fazer pesquisa e ajudar os alunos e a sociedade” lamenta.
O servidor Erick Alcantara diz que o ato simboliza a união entre as categorias que compõem a UFS. “Esse ato demostra a união entre professores, alunos e servidores. Estamos juntos lutando pela UFS e pela sua importância para Sergipe e também para o Brasil”, avalia. As declarações do ministro Lorenzoni também o impactaram negativamente. Segundo ele, houve inúmeras equívocos apresentados pelo ministro.“Independentemente de questão partidária, o ministro foi infeliz naquilo que disse. Ele levou dados irreais sobre a universidade. O mínimo que ele deveria fazer era pedir desculpas publicamente”, afirma.O professor do Departamento de Engenharia Química, Roberto Rodrigues, afirma que o ato propõe uma restabelecimento da verdade. “Esse ato é importante para restaurar a verdade. Os dados que foram ditos pelo ministro não se alinham ao que está disponível no Ministério da Educação (MEC)”, afirma. Rodrigues afirma que todos estão unidos em prol de disseminar as verdades que correspondem ao desempenho da universidade. “Todas as categorias que estão aqui presentes clamam pela verdade. Lembrando que nós não somos contra as universidades privadas. Apenas lutamos contra a desinformação”, resume.
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Por João Paulo Schneider e Verlane Estácio, do portal Infonet