Autoridades contabilizaram oito explosões. Três igrejas foram alvos dos ataques, que aconteceram durante as missas de Páscoa. Os hotéis cinco-estrelas Shangri-La, Kingsbury, Cinnamon Grand e um quarto hotel, todos em Colombo, também foram atingidos. Houve ainda uma explosão num complexo de casas.
Nenhum grupo reivindicou autoria das ações até o momento, mas pelo menos 24 pessoas já foram detidas. Autoridades dizem que maioria das explosões foram ataques suicidas. As autoridades do Sri Lanka temem por trás dos ataques estejam militantes do Estado Islâmico que retornaram do Oriente Médio.
Ainda no domingo, a Força Aérea do país disse ter encontrado mais um explosivo caseiro (que foi removido) em uma área próxima ao principal aeroporto de Colombo.
Outras duas explosões foram registradas durante buscas da polícia por suspeitos: uma perto do zoológico, no sul de Colombo, e outra no distrito de Dematagoda, resultando na morte de três policiais.
Bloqueio de redes sociais
O governo do Sri Lanka bloqueou o uso de redes sociais após os ataques. Estão fora do ar Facebook, WhatsApp, Instagram, YouTube, Viber, Snapchat e Facebook Messenger, de acordo com a rede de monitoramento NetBlocks.
Autoridades disseram no domingo (21) que iriam bloquear temporariamente as redes para evitar a disseminação de notícias falsas e acalmar tensões durante o período de investigações. Elas temem que boatos alimentem discursos de ódio e gerem mais violência.
O governo também impôs um toque de recolher das 18h às 6h (horário local).
Segundo a Netblocks, esta não é a primeira vez que o governo do Sri Lanka bloqueia redes sociais, o que aconteceu também durante episódios de violência registrados em março de 2018.
Ainda de acordo com a rede, muitas pessoas reclamam porque, sem acesso às redes, não conseguem obter informações sobre parentes e amigos para saber se estes estão bem após os ataques.
Ivan Sigal, diretor executivo do Global Voices, uma organização de advocacia digital e jornalismo ouvido pelo “New York Times”, ressalta que o bloqueio não é totalmente efetivo porque as pessoas podem usar redes privadas virtuais (VPNs, na sigla em inglês) para burlar a proibição.
Mas, ainda de acordo com Sigal, os cidadãos mais pobres, justamente aqueles que mais dependem das redes sociais para se comunicar com familiares à distância, não têm acesso fácil às VPNs e serão os mais prejudicados pelo bloqueio.
Por G1