O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Município de Aracaju (Setransp) solicitou à Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) que a tarifa do transporte coletivo da Grande Aracaju seja reajustada e passe a valer R$ 4,44.
Uma planilha de custos do sistema de transporte coletivo de Aracaju e região metropolitana, indicando o valor do reajuste, foi entregue pela Setransp à SMTT nesta segunda-feira, 29. O presidente do Setransp, Alberto Almeida, explica que o valor apontado na planilha de custos resulta da divisão das despesas do sistema de transporte pelo número de passageiros pagantes. “A aplicação da planilha de custos, que é estabelecida em lei, apontou que o valor da tarifa seria R$ 4,44”, conta.
De acordo com Alberto Almeida, entre os anos de 2014 e 2018, houve uma queda de 24% no número de passageiros pagantes, que interferiu diretamente nas despesas do sistema. “ Em 2014, a gente transportava uma média de 283 mil passageiros em dias úteis, mas em 2018, esse número caiu para 220 mil. São 60 mil pessoas que não circulam mais nos ônibus”, explica.
Outros dois fatores também estão pesando nos custos. O acréscimo de pessoas com direito a gratuidade e o aumento de pessoas com gratuidade. “Entre 2014 e 2018, houve um acréscimo de 84% na gratuidade, além do aumento nas despesas com insumos, entre eles, o diesel cujo preço subiu 23%”.
Alberto Almeida relembra que o reajuste, que deveria ter sido concedido em dezembro de 2016, ocorreu em agosto de 2018, gerando oito meses de prejuízos ao sistema e impossibilitando investimentos na renovação da frota. “O último aumento seria em dezembro de 2017, mas estamos praticamente em novembro de 2018 e não houve aumento, gerando novamente déficits que impede investimentos na frota por parte das empresas, como a renovação da frota e a liquidação dos compromissos com fornecedores e funcionários”.
A SMTT informou que recebeu a planilha de custos nesta segunda-feira, 29, mas que somente vai se pronunciar sobre o reajuste após realizar uma análise técnica e rigorosa do documento.
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por Verlane Estácio, do portal Infonet