Com acompanhamento e supervisão da Secretaria de Estado da Saúde (SES), os municípios sergipanos realizaram, neste mês de setembro, mais um Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti (LIRAa).
O objetivo do levantamento é identificar em tempo hábil a população de vetor existente no estado e, dos 75 municípios, 73 fizeram o levantamento. De acordo com o índice de classificação, 25 municípios estão em baixo risco, 43 em médio e cinco em alto risco. Dois não entregaram os resultados. Os municípios com alto risco são: Nossa Senhora das Dores, Nossa Senhora de Lourdes, Salgado, Simão Dias e Tomar do Geru.
O LIRAa é uma ferramenta extremamente importante para o estado e para o gestor municipal porque em cinco dias dá o diagnóstico identificando a área com maior risco, aquela que apresentou o maior número de vetores para que a gestão municipal possa atuar antes de virar um surto ou uma epidemia.
“É importante que esses gestores, de agora em diante, acompanhem melhor esses indicadores porque é o início do período crítico para a proliferação do vetor e, consequentemente, para o surgimento de casos das três arboviroses. A elevação da temperatura, com a chegada do verão, provoca um aumento na população do vetor. Quanto mais quente, dentro da temperatura que a biologia dele exige, maior o aumento da proliferação, ou seja, ele leva, em média, de seis a sete dias para chegar, da sua fase de ovo, até a sua fase adulta.” explica a gerente do Núcleo de Endemias da Vigilância Epidemiológica do Estado, Sidney Lourdes Cesar Souza Sá.
Aedes aegipty
O Aedes aegipty é o vetor transmissor de três doenças preocupantes, a dengue, a chicungunya e a zika vírus. “A dengue é a que mais nos preocupa porque tem alta taxa de mortalidade, a chicungunya traz um problema sério de doença crônica e que deixa muita gente debilitada e a zica vírus traz uma doença secundária que é a microcefalia. Então, é importante que os gestores estejam atentos a essa situação. Nós estamos em um estado pequeno, com apenas 75 municípios, o deslocamento da população sergipana é muito fácil aqui dentro do nosso estado, então a transmissão do vírus é muito rápida”, ressalta Sidney.
Os municípios que não realizam o levantamento podem perder os recursos repassados pelo Ministério da Saúde, além do perigo da doença, pois existe a possibilidade de estarem no nível alto de risco e não ficar sabendo pela falta do indicador nesse momento. “O estado pactua com esses municípios, no início do ano, a realização desses LIRAas, então, quem não cumprir a meta que foi determinada no início do ano, corre o risco de perder o recurso que vem diretamente do Ministério da Saúde e nem passa pelo governo do estado, como já aconteceu em alguns municípios em anos anteriores. É importante que fiquem atentos a isso”, conclui a gerente.
Com informações da Secretaria de Estado da Saúde