Para muitos, viajar é umas das melhores coisas da vida. Tirar uns dias de férias e conhecer aquele lugar paradisíaco ou voltar àquele lugar que se gosta muito e traz boas lembranças tem o poder mágico de nos fazer descansar e esquecer os problemas.
Mas, para que tudo seja perfeito, é preciso planejamento. Esse planejamento inclui o cálculo do dinheiro necessário para as despesas, a compra das passagens ou preparação do carro, as malas, escolha de uma data e reserva da hospedagem.
Sem um bom planejamento a viagem dos sonhos pode se tornar um pesadelo. Tudo pode acontecer: a mala pode ser extraviada, o viajante pode ter algum problema de saúde, pode ser assaltado. A única opção para estar prevenido em qualquer uma dessas ocasiões é a contratação de um seguro viagem.
Esses seguros geralmente cobrem, além de atendimento médico e proteção contra o extravio de bagagens, o reembolso de passagens no caso de a viagem ser interrompida antes do planejado, cobertura dos custos de uma emergência odontológica, assistência jurídica e até translado de corpos, em caso de acidentes fatais.
Viagens Internacionais
Em viagens internacionais, o seguro se torna um item ainda mais importante. Alguns países europeus têm a cobertura mínima de 30 mil euros como um pré-requisito para passar pela alfândega.
Os países mais conhecidos em que o seguro viagem é obrigatório são os que fazem parte do Tratado de Schengen. Ao todo são 25 nações europeias:
Áustria, Bélgica, República Tcheca, Dinamarca, Estónia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Islândia, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos (Holanda), Noruega, Polônia, Portugal, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Suécia, Suíça, Liechtenstein.
Além dos europeus, Cuba, Emirados Árabes Unidos, Qatar (sede da Copa do Mundo 2022), Equador e Turquia exigem. A Austrália solicita para estudantes estrangeiros, mas não para quem vai simplesmente conhecer o país.
Para evitar dores de cabeça, também é importante adequar o contrato ao perfil da viagem e, principalmente, ter atenção aos itens que o seguro não cobre.
O Sindicato dos Corretores de Seguros, Capitalização e Previdência Privada do estado de Sergipe (Sincor – SE) recomenda atenção extra ao que está incluído na apólice, já que ela pode abranger cobertura para doenças, medicamentos e morte, mas também extravio de bagagem, passagem aérea emergencial para familiar, fisioterapia, entre outros. Também é preciso definir qual cobertura mais atende suas necessidades e exigir que ela seja estipulada claramente no contrato.
Deve constar na apólice: os itens da cobertura; valor da indenização; cláusulas de exclusão ou de cancelamento; cobertura a terceiros, se houver, e identificação dos beneficiários.
Quando o seguro estiver ligado ao cartão de crédito, é preciso solicitar a apólice à operadora. Caso a cobertura não seja considerada suficiente, é recomendável contratar outro plano separadamente. O sindicato também recomenda que, antes de viajar, os telefones de contato da empresa contratada estejam em locais de fácil acesso. Caso faça um atendimento médico para reembolso posterior, certifique-se quais são os documentos e recibos necessários.
A ComparaOnline, um marketplace de comparação de seguros e produtos financeiros, permite comparar seguros de automóveis e de viagens por meio do site (www.comparaonline.com.br). Além disso, a ComparaOnline também oferece a comparação de cartões de crédito, seguro de vida, consórcio de carro, moto e imóveis.
Vale lembrar que o turismo de aventura exige cobertura específica para essa finalidade. No entanto, quanto mais o contratante se expuser a riscos, mais alto será o preço do seguro.
Experiências
Demétrius Oliveira, 24, irá para Londres, na Inglaterra, em setembro. Essa é a sua primeira viagem internacional e durante o planejamento ele já contratou o seguro-viagem. Ele disse que sempre fez viagens nacionais sem o seguro, mas preferiu evitar imprevistos na sua primeira viagem internacional.
Ele fez a contratação do seguro na agência de viagens. Demétrius pagou cerca de R$390,00 no plano sem a cobertura do cancelamento da viagem. Ele diz que a apólice do seguro especifica todos os itens cobertos, o valor, as regras para o cancelamento e a área de cobertura, que exclui os Estados Unidos e não prevê a prática de esportes radicais.
No caso de Demétrius, o seguro prevê a desistência do pacote em até sete dias corridos da compra, com devolução integral do valor pago. Após esse prazo, o seguro pode ser cancelado até um dia antes do início de vigência, com 30% de multa. Após o início não é reembolsável.
Egicyane Lisboa, 30, já fez duas viagens internacionais e não contratou seguro em nenhuma delas. Ela viajou para Buenos Aires, na Argentina, e Cabo Verde, na África. Esses países não exigem o seguro e Egicyane priorizou a redução dos custos de cada viagem. Mas conta que uma amiga teve um imprevisto e precisou do seguro. “Uma amiga de viagem pegou a mala errada. Ligamos para aeroporto e no outro dia fomos lá trocar. A seguradora agilizou o processo”, disse.
Glauco Vinícius, 30, fez como Demétrius e contratou o seguro viagem para o tour de 31 dias que fez pela Europa. Ele não precisou usar o serviço, pois não teve nenhum imprevisto, mas disse que acha melhor prevenir.
Por Sheila Dias, redação do SE NOTÍCIAS