O sindicato dos trabalhadores técnico-administrativos em educação da UFS (Sintufs) e trabalhadores da Universidade Federal de Sergipe (UFS) realizaram um protesto na manhã desta quarta-feira (11) nas entradas de pedestres e de veículos da universidade da Universidade federal de Sergipe, em São Cristóvão.
Segundo o Sintufs, trabalhadores da Empresa Real Service que presta serviços à UFS foram demitidos sem justa causa e proibidos de estabelecer contato com o sindicato sob pena de demissão. O sindicato afirma que em decorrência do não pagamento de direitos trabalhistas alguns trabalhadores que reivindicavam seus direitos passaram a sofrer retaliações.
Moção de repúdio
A Coordenação Executiva do SINTUFS vem a público manifestar total repúdio à perseguição política e, consequentemente, demissão dos trabalhadores que prestam serviços à universidade vinculados à empresa Real Service. A demissão dos funcionários desta empresa sem justa causa atesta a livre prática do assédio moral dentro da universidade e perseguição aos empregados que exercem o direito legítimo de reivindicar seus direitos trabalhistas bem como a liberdade e prática sindical.
A Empresa Real Service vem adotando há tempos posturas incoerentes com a legislação trabalhista no âmbito da prestação de serviços à universidade, sendo estas infrações graves, objeto de denúncia do SINTUFS ao Escritório de Fiscalização de Contratos (EFISCON) da UFS e ao Ministério Público do Trabalho.
Em decorrência do não pagamento de direitos trabalhistas corretamente, alguns trabalhadores que reivindicavam o que lhes era devido passaram a sofrer constantes retaliações e ameaças de dispensa do serviço, sem nenhuma possibilidade de reintegração, caso tivessem qualquer tipo de contato com o SINTUFS. Conforme ameaça, este fato foi concretizado no dia 05/07/18 e, de forma, no mínimo, constrangedora e desrespeitosa – uma vez que alguns trabalhadores foram impedidos até de retornar aos seus setores de trabalho para devolver as chaves que mantinham consigo e pegar os seus objetos pessoais. Ressalta-se, sobretudo, que a UFS NÃO é de propriedade da empresa Real Service, sendo, portanto, arbitrário e ilegal o impedimento do acesso dos funcionários aos espaços públicos da UFS. Além da suspensão do pagamento do vale-alimentação, estavam descontando os dias de atestado ou acompanhamento médico, além da manutenção de servidoras há mais de seis anos trabalhando sem receber o seu direito à insalubridade!
Ressaltamos por fim, que a empresa Real Service continua impunemente concorrendo aos Editais de Licitação abertos pela UFS para prestação de serviços. No entanto, exigimos das autoridades da UFS que as condições de trabalho sejam devidamente garantidas pelos setores de fiscalização, sob pena de conivência com as práticas de humilhação, perseguição e demissão sem justa causa dentro da própria UFS.
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São Cristóvão, 9 de julho de 2018
SINTUFS – GESTÃO 2017-2018