A Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) realizou, nesta terça-feira, 15, uma nova inspeção ao Hospital Cirurgia. A vistoria, que contou com a presença do Ministério Público, abrangeu uma completa verificação de itens relacionados a protocolos, práticas, instalações, equipamentos, indicadores de Saúde e, principalmente, a identificação de situações de risco à saúde pública. Entre as dependências do hospital que tiveram maiores problemas em relação aos itens listados, está o Centro Material de Esterilização (CME).
De acordo com a secretária da SMS, Waneska Barboza, no dia 12 de abril foi realizada uma inspeção, onde foram encontradas irregularidades e dado 15 dias para que os problemas fossem sanados. Porém, após esse prazo, nada foi feito.
“O principal problema é na parte estrutural, com danificações no CME, infiltrações, fissuras em paredes, mofos e no processo do trabalho. Hoje fizemos outra visita de inspeção no Hospital Cirurgia, com a nossa equipe técnica e o Ministério Público, e vimos que os problemas não foram resolvidos. Estas medidas precisam ser tomadas para garantir a segurança dos usuários e pacientes que circulam no hospital”, explicou.
Segundo a Coordenadora de Vigilância Sanitária e Ambiental (Covisa) da SMS, Graça Barros, há ainda outro problema: o hospital está sem alvará. “Desde o ano de 2015, o Hospital Cirurgia está sem alvará, que é a licença para o funcionamento, pois os dirigentes não conseguem se adequar plenamente. Sempre pedimos que o mínimo seja feito, como os processos de trabalho, porém o grande problema é mesmo no CME, que continua funcionando de uma forma muito crítica, colocando os pacientes que fazem o uso destas matérias em risco de contaminação”, falou.
Para o promotor de Justiça do Ministério Público Estadual, Francisco Lima Júnior, que participou da visita junto à SMS, as inadequações podem gerar até mesmo uma interdição do CME.
“Por conta da gravidade da situação, nós estamos aqui, na condição de espectador, pois a autoridade sanitária é a Vigilância Municipal de Saúde, que fez outra vistoria hoje, e ainda encontraram impropriedades. A SMS entendeu e concedeu o prazo de mais 15 dias para adequações. Agora vamos aguardar o prazo estabelecido, depois receberemos o novo relatório da Vigilância Sanitária. Mas, na verdade a própria Vigilância Sanitária da SMS, é que tem o poder de polícia para interditar o CME, se continuar com estas inadequações. O Ministério Público só atua de modo a garantir que a Vigilância cumpra o seu papel e que a assistência seja mantida”, ponderou o promotor.
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Por Agência Aracaju de Notícias