Nesta sexta-feira, 17, equipes do Complexo de Operações Policiais Especiais (Cope) efetuaram o cumprimento de nove mandados de prisão temporária e mais dez mandados de buscas domiciliares durante a Operação Fênix. A ação visa concluir uma investigação, iniciada há seis meses, que apura esquema de vendas de RGs, ideologicamente falsos, expedidos pelo próprio Instituto de Identificação de Sergipe.
O trabalho contou com o apoio da Coordenadoria de Polícia Civil do Interior (Copci) e Complexo de Operações Especiais da PM (COE) para execução das ordens judiciais. Cinco dos envolvidos são servidores do Instituto de Identificação de Sergipe; os demais são um agente penitenciário, um oficial da Polícia Militar da reserva e dois profissionais autônomos que agiam como atravessadores.
Na operação, foram presos: Gilberto Rodrigues de Santana, 69, José Marcelino Pereira Correia, 56, José Raimundo Araújo do Nascimento, 54, Gonçalo Bruno de Farias Rodrigues, 32, Gildásio Góis, 50, Servando Emílio Prado Cabrera, 61, Josenides Rodrigues de Santana, 64, Carlos Henrique Constantino dos Santos, vulgo “Kaká”, 51 e Rodrigo César Dias.
De acordo com a delegada Mayra Moinhos, a polícia vinha percebendo um derrame de RGs ideologicamente falsos, apreendidos com criminosos diversos em situações dentro e fora do Estado de Sergipe. “As investigações começaram após uma operação de roubo a banco, realizada pelo Cope em 2016, onde os indivíduos que faziam parte de uma facção criminosa da Bahia, estavam em posse de documentos falsos. A partir disso, começamos a observar que muitos criminosos estavam sendo presos portando documentos falsos,” relatou.
Dentre os crimes revelados com a investigação, além da corrupção ativa e passiva que envolvem as falsificações, foram apurados delitos de uso de documento falso, peculato e estelionatos praticados por pessoas que recorriam à compra de carteiras de identidade ideologicamente falsas para a prática de fraudes, em especial, de benefícios previdenciários.
Ainda de acordo com a delegada do Cope, o agente prisional Gildásio Gois é apontado como um dos principais envolvidos, principalmente por intermediar entendimentos com bandidos envolvidos em grupos criminosos ligados principalmente ao tráfico de drogas e crimes de homicídios. Ainda segundo Mayra Moinhos, cada documento falso expedido pelo Instituto de Identificação do Estado de Sergipe era comercializado pelo valor aproximado de R$ 5 mil.
A delegada informou ainda, as providências que serão adotadas para esse esse tipo de fraude ilícita não volte a acontecer, “Hoje a gente tem no Brasil uma serie de consequências em decorrência da expedição desses documentos, isso afeta a economia que afeta diretamente a todos nós. Por isso essa operação foi detalhada para que a gente conseguisse englobar o maior número de pessoas, e agora a Secretaria de Segurança Pública, juntamente com o Governo do Estado, vão fazer uma readequação do Instituto e capacitação dos servidores para que isso não volte a acontecer.” concluiu.
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Informações da SSP/SE