A diretoria executiva do PSL renuncia o comando da sigla partidária em Sergipe por recusar a filiação do presidenciável Jair Bolsonaro, deputado federal eleito pelo PP do Rio de Janeiro e se torna um dos pré-candidatos favoritos pelas tendências políticas mais conservadores do Brasil. A renúncia coletiva na Executiva Estadual do PSL em Sergipe foi confirmada, nesta terça-feira, 23, por Milton Tito Andrade, que ocupava o cargo de vice-presidente do Diretório Estadual da sigla. Ele informou que toda a diretoria, inclusive o presidente Saulo Vieira, integra o Movimento Livres, que, nem mesmo em nível nacional foi consultado sobre a possibilidade do partido acatar a filiação do deputado federal Jair Bolsonaro.
Os Livres, segundo Milton Andrade, recusam a filiação de Bolsonaro e também de qualquer outra liderança política sem prévio debate. Em nota enviada à redação do Portal Infonet, o grupo se classifica como formado exclusivamente por integrantes do Movimento Livres e considera que as ideias do parlamentar em questão são incompatíveis com o projeto que abraça as liberdades civis e o liberalismo econômico. Para o grupo, conforme a nota, o Jair Bolsonaro é considerado como “intervencionismo estatista, defensor da tortura e da violação dos direitos humanos”.
A corrente Livres, no âmbito do PSL, foi criada há cerca de dois anos, tendo como meta a renovação daquela sigla, segundo Milton Tito Andrade. Na nota, o grupo deixa claro que “o Livres abandona a sigla, mas continua ativo como uma associação suprapartidária, formulando políticas públicas”.
Milton Andrade informou que o grupo o mantém como pré-candidato ao Governo do Estado de Sergipe nas próximas eleições. Ele informa que o grupo já foi consultado para assinar ficha partidária em algumas siglas, mas eles ainda não definiram o futuro do Movimento Livres. “Nossa meta é travar o diálogo com a intenção de manter a nossa pré-candidatura”, revela Milton Andrade.
Do Portal Infonet.
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