O dia 21 de setembro é considerado o dia mundial do Alzheimer. A data foi criada como alerta para prevenção da doença que possui como característica estágio inicial silencioso e perda da memória. O Alzheimer é considerado o tipo de demência mais comum que existe. Ainda sem cura, acomete principalmente idosos a partir dos 65 anos. Segundo dados do Instituto Alzheimer Brasil, já são mais de 1,3 milhões de pessoas atingidas em todo o país. E em Sergipe, de acordo com o levantamento da ABRAZ-SE (Associação Brasileira de Alzheimer) são 350 pessoas que sofrem com a doença. Este número tende a aumentar principalmente em localidades em desenvolvimento, onde a baixa escolaridade ainda é grande.
O Alzheimer não é uma doença de um cérebro, não é doença de um indivíduo, mas reflexo de uma sociedade e isso por motivo simples: grande parte das causas do Alzheimer não são genéticas. Pelo contrário. Estima-se que 50% dos pacientes acometidos pela doença poderiam ter a evitado se tivessem uma rotina diferente ao longo da vida. Segundo a Médica Nutróloga Paula Cavallaro da Associação Brasileira de Nutrologia, “Fumo, obesidade, hipertensão e diabetes contribuem para o aumento de lesões no cérebro que levam à perda de cognição”.
No entanto, é possível retardar essa degeneração dos neurônios com a adoção de alguns cuidados. “Parar de fumar, dormir bem, fazer atividade física regularmente – ao menos três vezes na semana -, diminuir ou cortar carboidratos como arroz, batata, bolachas, prevenir e combater doenças como a depressão, diabetes, pressão arterial elevada na meia idade e obesidade, podem diminuir de 30% a 50% a chance de desenvolver a doença”, afirma a Nutróloga.
Alimentação e Prevenção
Pesquisas recentes demonstram que a inserção de alguns alimentos na dieta, podem prevenir o surgimento do Alzheimer. Um estudo científico, identificou que o ômega 3 encontrado em alguns peixes também é eficaz na prevenção da doença. Os pesquisadores descobriram que as células do cérebro responsáveis pela memória morriam mais rápido entre as pessoas que comiam pouco peixe, e 47% delas desenvolveram a doença cinco anos após os exames. Por outro lado, apenas 3% das pessoas que comiam peixe, de uma a quatro vezes por semana, desenvolveram Alzheimer ou apresentaram comprometimento leve da memória.
Cientistas também descobriram que em frutas roxas e vermelhas, é possível encontrar uma enzima que tem atuação específica na prevenção da doença. A casca do romã, por exemplo, além contar com esta enzima, possui uma elevada quantidade de antioxidantes. As oleaginosas (castanhas, nozes e amêndoas, cúrcuma), também são alguns dos alimentos que previnem a demência.
A Nutróloga Paula Cavallaro indica que “os lanches entre as refeições podem ser feitos com oleaginosas. Duas vezes por semana é bom incluir aves e ‘berries’, enquanto os peixes devem aparecer, no mínimo, uma vez por semana”. Vale destacar que, de acordo com Paula, o mirtilo é uma das frutas mais potentes na função de proteger o cérebro contra problemas neurológicos.
Acompanhe também o SE Notícias no Twitter, Facebook e no Instagram
Da Assessoria de Imprensa