Sergipe ganhou destaque, por mais um ano, no Concurso Jovens Dramaturgos promovido pela Escola SESC de Ensino Médio. O roteiro “Se fosse setembro também seria saudade”, de autoria da atriz sergipana, Elisa Lemos, ficou entre os cinco vencedores do Concurso na edição 2017. A peça, que foi a primeira produção da autora para teatro, nasceu a partir de uma oficina de dramaturgia ministrada por Euler Lopes, no último Festival Sergipano de Artes Cênicas.
A peça fala sobre como o medo interferiu na vida do personagem, e de que forma isso interferiu nos seus relacionamentos amorosos. Para Elise vencer o concurso tem diversos significados, não só o fato de ver seu texto, deixar de ser embrionário e ter a oportunidade de sair da cidade, mas também pelo fato de estar entre tantos outros dramaturgos.
“É ímpar para mim, conseguir estar entre os cinco e ser a única mulher nesse meio, declarada negra, uma minoria por “natureza” na sociedade que vivemos, e poder ver meu trabalho ter espaço e reconhecimento. É muito mais que uma premiação ou concurso é também um espaço de fala, um lugar que mereço como qualquer outra pessoa”, afirmou.
Além de Elisa, outros dois sergipanos já foram contemplados com Concurso Jovens Dramaturgos em edições anteriores: Euler Lopes e Igor Rocha. O prêmio tem como objetivo dar voz a novos talentos, contribuindo para o aprimoramento da escrita dramatúrgica. Puderam ser inscritos textos teatrais inéditos, escritos por jovens estudantes de todas as regiões do Brasil, com idades entre 15 e 27 anos. Ao todo 89 inscrições foram realizadas, sendo 5 do Norte, 21 do Nordeste, 9 do Centro-Oeste, 46 do Sudeste e 8 do Sul do país.
Os cinco autores selecionados serão contemplados com uma residência artística, em setembro, no Espaço Cultural Escola Sesc, no Rio de Janeiro, e terão suas peças publicadas em um livro, com tiragem inicial de 1.000 exemplares. Além de Elisa Lemos, também foram selecionados os roteiros “Xeque- Mate”, de Leonardo de Castro (MS); “A próxima parada é o sujo”, de Giovani Arceno (SC); “O braço do pai”, de Rafael Barbosa (CE); e “O caso Vânia”, Guilherme Teixeira (RJ).
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Ascom/Secult