Na última semana, o presidente Michel Temer aumentou as alíquotas de PIS/Cofins cobrados sobre o combustível e isso significou um acréscimo de até R$0,41 sobre a gasolina e o diesel. Esse reajuste engrossou o discurso dos empresários do transporte público em Aracaju, que, por meio de nota divulgada na manhã dessa segunda-feira, 31 de julho, defenderam o reajuste de 29% na passagem dos ônibus da região metropolitana.
Se o prefeito Edvaldo Nogueira atender ao pedido dos empresários, a tarifa passará de R$3,10 para R$3,98; isso quer dizer que em vez dos R$142,60 que o aracajuano gastaria para ir ao trabalho nesse mês de agosto (calculando duas passagens por dia e de segunda a sexta), gastará R$183,54.
O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Setransp) diz que desde dezembro de 2016, quando o então prefeito João Alves decidiu não aumentar a tarifa, as empresas já perderam R$ 30 milhões e que, por isso, não conseguem renovar a frota e enfrentam dificuldades para quitar as dívidas, inclusive com pessoal.
Segundo os empresários o aumento é necessário “para se equiparar a defasagem que perdura os últimos anos e se agravou com a falta de reajuste tarifário e consequente desequilíbrio econômico financeiro do sistema”.
Na contramão desse discurso, o Movimento Não Pago convocou a população para uma assembleia contra o aumento às 19h dessa terça-feira, 1° de agosto, na Praça da Juventude do Conjunto Augusto Franco. Eles dizem que “diariamente somos tratados sem nenhuma dignidade pelas empresas de ônibus e Prefeitura. Agora querem mais um aumento. O Não Pago comprovou e o Tribunal de Contas confirmou: a tarifa de ônibus está sendo superfaturada para aumentar os lucros dos empresários. Por isso não podemos aceitar esse aumento”.
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Por Redação do SE Notícias