O governador Jackson Barreto reuniu-se com empresários do setor calçadista nesta segunda-feira, 26, para avaliar a intenção de ampliação da empresa West Coast em Nossa Senhora Aparecida e a chegada de uma unidade do grupo Paquetá no estado. A Paquetá The Shoe Company é uma gigante no mercado calçadista, como exportadora e produtora de calçados brasileiros e engloba as marcas de calçados Dumond, Capodarte, Lilly’s Closet e Ortopé.
“Efetivamos o interesse do estado de Sergipe, de acolher e trazer mais empresas para se estabelecer aqui, gerar mais emprego para o nosso povo e renda para o nosso estado. Nosso objetivo é atrair a Paquetá para ser implantada no município de Ribeirópolis para gerar emprego naquela região”, informou Jackson Barreto.
O governador explicou que a intenção é que a unidade da Paquetá seja instalada no local ocupado, atualmente, pela West Coast como depósito e que já abrigou, no passado, uma fábrica da Azaléia no município do Agreste sergipano. Para tanto a unidade da West Coast em Nossa Senhora Aparecida seria ampliada para armazenar os produtos alocados em Ribeirópolis hoje. “Colocamos-nos à disposição, no sentido de assumir o compromisso com a ampliação da West Coast em Aparecida. Com isso desativa-se a base de apoio da unidade em Ribeirópolis e transformamos esse espaço na fábrica da Paquetá. Estamos abertos para discutir tudo aquilo que pudermos fazer do ponto de vista do Programa Sergipano de Desenvolvimento Industrial – PSDI, que é o que podemos fazer. Oferecemos ainda a estrutura de outra unidade, que funcionava no município de Carira, para que fique também à disposição, se os grupos quiserem ampliar ou trazer outra empresa para o nosso estado”, disse Jackson.
Segundo o diretor de supplythain da Paquetá, Daniel de Amorim, a empresa, agora, avaliará as condições de montagem do projeto em Sergipe. “A intenção é apoiar o projeto que a West Coast tem aqui e fazer um estudo bastante sério para avaliar as estruturas, as condições para nossa instalação aqui”.
Para Daniel, a escolha por Sergipe se deu devido às condições favoráveis apresentadas pelo estado e, sobretudo, pelo histórico de bom relacionamento do governo com as empresas que aqui chegam. “A gente tem tido, do próprio pessoal da West Coast, que é um parceiro de negócio da Paquetá, uma referência muito boa do Estado. Esse bom contato que tivemos com a West Coast, da boa experiência que ela tem aqui sobre a logística, a mão de obra, que é muito boa, fácil de trabalhar e a questão da acessibilidade com os órgãos e instituições, isso tudo é favorável. É muito importante essa proximidade que as indústrias conseguem ter com o governo. Isso acaba contribuindo para que a gente possa fazer projetos mais adiante. A gente entende que é hora de estudar e olhar as possibilidades que a empresa tem de crescimento aqui em Sergipe”.
O secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia, José Augusto apontou que o intuito do governo ao propor o apoio locacional para a instalação da unidade da Paquetá em Sergipe se deve, principalmente, com foco na geração de emprego para o Agreste sergipano. “O estado pretende ajudar na chegada da Paquetá, através do programa PSDI, que consiste em dar apoio locacional e fiscal aos novos empreendimentos que estão chegando. A indústria calçadista é muito boa para o estado, porque gera muito emprego. A localização nas cidades do interior do estado geram uma mudança positiva enorme, pois após a chegada de uma indústria calçadista, a população ver o emprego se tornar abundante na cidade na qual a empresa se instalou. Por isso o esforço do estado em trazer esses grupos que são geradores de emprego”, enfatizou.
Cadeia produtiva
De acordo com o diretor de Operações da West Coast, Marcelo Tonello, a unidade da empresa em Ribeirópolis não é produtiva, já que só funciona como um grande depósito, por isso o interesse da empresa de ampliar a unidade em Aparecida e oferecer o prédio para outra indústria se alocar. Segundo ele, a parceria com a Paquetá irá fortalecer a indústria de calçados em Sergipe.
“A cadeia calçadista depende muito de outros fornecedores, quanto mais gente tiver aqui produzindo, mais fornecedores vão vir pra cá. Então, quanto mais empresas de calçados para consumir matéria prima, mais certo será o crescimento da cadeia produtiva no estado. Isso facilitaria muito nossa produção, porque, hoje, trazemos a maior parte da matéria prima do Sul. Cerca de 90% do que precisamos precisa chegar aqui por caminhão e essa logística é cara. Com certeza com outras parcerias, como com a chegada da Paquetá, outras empresas e fornecedores virão pra cá, com isso diminuímos nossos custos e geramos muito mais empregos na região”, destacou Tonello.
O diretor afirmou que, atualmente, a West Coast em Sergipe produz 8 mil pares de sapato por dia e emprega em torno de 700 funcionários na unidades de Salgado e Aparecida.
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Agência Sergipe de Notícias