Os trabalhadores rodoviários de Aracaju, motoristas e cobradores, decidiram cruzar os braços e se unir às demais categorias de trabalhadores, do setor privado e do serviço público, que vão fazer a segunda Greve Geral do Brasil contra as Reformas Trabalhista e da Previdência, na próxima sexta-feira, dia 30 de junho. A decisão dos rodoviários aconteceu em assembleia geral da categoria realizada na última quinta-feira, dia 22.
Valtenes Porto, trabalhador rodoviário e dirigente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Aracaju (SINTTRA), explicou que a insatisfação dos rodoviários contra as reformas foi a principal motivação para o sindicato aderir à greve. “O SINTTRA adere à Greve Geral do dia 30 de junho por causa das Reformas Trabalhista e da Previdência e por tudo o que está acontecendo no Brasil. Os trabalhadores estão revoltados com este cenário, estão preocupados com seus direitos e a aposentadoria. Sabemos que se a Reforma da Previdência for aprovada será impossível a gente se aposentar e a gente tem que pensar no nosso futuro e dos nossos filhos”, explicou.
Além de participar da greve, a direção do SINTTRA também anunciou que o sindicato já está decidido a se filiar à Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE), que é a maior central sindical do estado, reunindo 90 sindicatos filiados em Sergipe, e também a maior central sindical do Brasil com cerca de 3.500 mil entidades filiadas.
Na última sexta, alguns dirigentes do SINTTRA participaram de uma reunião na CUT para discutir a organização das atividades da Greve. “Desde a última paralisação, a categoria dos rodoviários não tem visto com bons olhos estas Reformas da Previdência e Trabalhista. Estamos caminhando para nos filiarmos à CUT e fazemos questão de participar desta luta no dia 30 de junho contra as reformas”, afirmou o dirigente do SINTTRA, Valtenes Porto.
ORGANIZAÇÃO DA GREVE
A Greve Geral do dia 30 deste mês está sendo organizada em todo Brasil pelas mesmas entidades que organizaram a maior Greve Geral da história do país, realizada no dia 28 de abril deste ano, em uma ampla aliança de centrais sindicais e os respectivos sindicatos filiados com movimentos sociais, movimento estudantil e partidos políticos que são contrários às reformas do governo Temer.
Em Sergipe, a Frente Brasil Popular tem sido um espaço de articulação dessas entidades. Tem entre os integrantes a Central Única dos Trabalhadores (CUT), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento Organizado dos Trabalhadores Urbanos (MOTU), Levante Popular da Juventude entre outros.
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por Expressão Sergipana