Em decorrência da grave situação social ocasionada pelas fortes chuvas que atingiram São Cristóvão nos últimos meses, a Prefeitura Municipal decretou situação de emergência na última quarta-feira, 24 (Decreto Nº 414/2017). O Governo do Estado de Sergipe também decretou situação de emergência no município, Decreto Nº 30.683/2017, publicado no Diário Oficial desta sexta-feira, 26.
Segundo levantamento feito pela Defesa Civil e secretarias do município, as fortes chuvas que caíram em São Cristóvão, em curto espaço de tempo, ocasionaram problemas estruturais em diversas localidades. Houve queda de pontes, desabamentos parciais de prédios públicos, inundações em escolas e posto de saúde, alagamentos, obstrução de redes de drenagem e bocas de lobo, colocação de residências em áreas de risco, destruição de pavimentação e isolamento de áreas urbanas .
De acordo com a procuradora-geral do município, Aline Magna Lima, a decisão de decretar situação de emergência em São Cristóvão seguiu o parecer do órgão municipal de Proteção e Defesa Civil e pretendeu agilizar a solução dos problemas ocasionados pelas chuvas, como também viabilizar condições de realizar ações preventivas. “Com o reconhecimento de situação de emergência também pelo Governo do Estado, a prefeitura terá possibilidade de captar recursos junto aos governos estadual e federal pra minimizar os graves problemas ocasionados pelas fortes chuvas que atingiram a cidade recentemente. São Cristóvão também será considerado prioritário nas ações e programas nessa área de atuação federal”, explicou a procuradora.
Pontos críticos
Pelo levantamento mais recente da Defesa Civil Municipal, que listou as áreas críticas atingidas pelas recentes chuvas do início desta semana, é possível perceber a gravidade da situação. No Balneário Bica, na sede do município, a correnteza do rio Paramopama devastou a área, deixando boa parte da região interditada, por apresentar riscos aos banhistas. Patrimônio turístico de São Cristóvão, o local teve a ponte e o acesso derrubados pela enchente; uma árvore de grande proporção, que ficava próxima às bicas de água potável, também caiu. Já o muro de proteção foi levado pelas águas.
Na rua João Bebe Água (Ladeira do Lava-Jato), as águas das chuvas ocasionaram o desabamento completo da pavimentação, abrindo uma cratera que deixou a área totalmente intransitável. A pavimentação com paralelepípedo da Travessa Lourival Batista (conhecida por Ladeira da Quadra) também terá que ser refeita. As ruas Félix Pereira, Graccho Cardoso, Nossa Senhora das Fontes, Beira Mar, Mercado Central, e também o Barreiro e boa parte do Jardim Universitário (ruas A, B e H), ficaram alagadas e necessitarão de obras de infraestrutura.
“Tivemos uma erosão de grande proporção no loteamento Lauro Rocha, deixando o local com difícil acesso, e um deslizamento de encosta na Rodovia Lourival Batista que dá acesso à BR 101, porém, em menor proporção. Já a rua José Enfermeiro, no Baixo da Divinéia, ficou parcialmente destruída”, informou o coordenador municipal da Defesa Civil, Luciano Silva Santos, que sinalizou ainda problemas em dois prédios da Secretaria Municipal de Saúde, onde funcionam a Regulação e a Central de Processamento de Dados (responsável pelas marcações de exames).
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Informações da Ascom/PMSC