Recentemente a Sociedade de Psicólogos e Conselhos Tutelares iniciou uma campanha nas redes sociais com a hastag #CriançaNãoNamora. O intuito é conscientizar pais e responsáveis sobre relacionamentos infantis, que qualquer incentivo com esse intuito contribui veementemente para a erotização precoce. A psicóloga do Hapvida, Sarah Lopes fala sobre como a sociedade naturaliza e incentiva comportamentos de namoro entre crianças, e como essa ação pode prejudicar a infância.
“Podemos ver muitos vídeos ou fotos de crianças muito pequenas se beijando, e na maioria deles percebemos as pessoas em volta rindo ou achando lindo. De fato, aparentemente, é algo inofensivo, fofinho, mas tudo vai depender de como os pais incentivam essa relação. Carinho é importante em qualquer idade. Entretanto, não se deve forçar nada, nem incentivar o excesso, mesmo que seja de carinho”, explica.
Os pais e a escola podem desempenhar um papel fundamental no processo de orientar as crianças sem recorrer a repressão. “O ideal é agir com naturalidade, não precisa reprimir, nem mesmo reclamar, bem como não é necessário filmar ou fotografar, porque dessa forma haverá o incentivo do feito. É preciso entender que estas atitudes não devem ser polêmicas porque são naturais e fazem parte do crescimento, mas com limites”, alerta a especialista.
A escola pode ser uma peça fundamental na proteção à infância. Evitar a polêmica ainda é o essencial. Na escola, caso alguma criança seja vista beijando a outra, deve-se agir com naturalidade, conversar com os pais para que todos possam entender alguns comportamentos da criança que possam ser prejudiciais para o seu crescimento físico e psicológico.
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por ascom/Hapvida