O Festival de Artes de São Cristóvão segue superando o número de visitantes e o terceiro dia do evento não seria diferente. Com a presença de Anne Carol, Larissa Luz, MC Tha e Daniela Mercury, a Praça São Francisco reuniu neste sábado (03) mais de 50 mil pessoas para assistir ao show destas grandes cantoras do cenário local e nacional, que mostraram a importância da representatividade feminina no Palco Gal Costa.
E quem abriu a programação neste espaço foi a cantora sergipana Anne Carol, cuja voz ecoou para milhares de pessoas canções que falavam de amor, liberdade e resistência. Em seguida foi a vez da cantora e compositora Larissa Luz pisar no Palco Gal Costa. A cantora baiana é uma das principais representantes da música negra da atualidade, já interpretou a cantora Elza Soares no musical “Elza” e trouxe para o FASC um repertório que conquistou o público, retratou o poder das mulheres e não deixou ninguém parado.
Uma das atrações mais esperadas da noite, a cantora Daniela Mercury, reforçou a importância da realização de festivais como o FASC, que levam ao público arte, cultura, democracia, civilidade e humanidade. “Só cultura, educação conseguem nos libertar e nos ensinar o caminho da liberdade. Não só aqui em Sergipe, mas no Brasil e no mundo. Estamos aqui para reacender essa relação com o ser humano e não podemos perder a pureza, a vontade, a resistência, a energia, a indignação de seguir no caminho certo e de resistir na hora certa e vocês aqui, com a realização do festival, fizeram isso em todos os momentos, então isso é fantástico e eu agradeço muito como cidadã, baiana, nordestina e brasileira”, enfatizou.
O professor Renato Martins há dois dias está na cidade mãe e vibrou quando viu a cantora na programação dos 50 anos do FASC. “Sou fã de Daniela Mercury e como um frequentador assíduo de outras edições, não poderia ficar de fora dessa comemoração de 50 anos do festival. Estou impressionado com todos os artistas que pisaram neste e em outros palcos. Que o FASC seja eterno e que continue fomentando a arte e enaltecendo mulheres como as que estiveram no palco Gal Costa hoje”, exclamou.
Outro que não hesitou em comparecer ao palco Gal Costa foi o ator Ewertton Nunes, que parabenizou a programação do FASC por destacar a relevância da mulher na sociedade e por homenagear a cantora Gal Costa. “Homenagear uma cantora como o Gal e colocar no palco quatro mulheres de grande expressividade na música, é algo muito simbólico. Na verdade a representatividade feminina está acontecendo desde o início em toda a programação do evento. O FASC tem dado notoriedade à força, ao empoderamento e à reafirmação das mulheres dentro da sociedade, sobretudo trazendo todas essas atividades comandadas por elas, que merecem o mundo”, ressaltou.
Até o final do evento o público não se dispersou e se manteve firme até a chegada da MC Tha. outra cantora que mostrou a potência da voz feminina no Palco Gal Costa. “Para mim é sempre muito gratificante levar o meu trabalho a outros estados e sentir que o público está animado. Nesse período após a pandemia eu já havia lançado o EP “Meu Santo é Forte”, que são regravações de músicas de Alcione e nesse show novo eu preparei algo potente e celebrativo em homenagem à música afro-brasileira. Precisamos de mais iniciativas como esta, cujo poder público incentiva e luta para que o festival crie raízes na cidade”, disse.
Programação do último dia
Dia 04/12 – Domingo
Palco Gal Costa, na Praça São Francisco
19h – Reemah
21h – Emicida
23h – Diogo Nogueira
Palco Frei Santa Cecília, na Praça do Carmo
16h – Saulinho
18h – BK
20h – Lucas Campelo
22h – Héloa
00h – Isis Broken
Palco Largo do Rosário, na Igreja do Rosário dos Homens Pretos
15h – Karne Krua
16h30 – Banda Manifestação
18h – Luno Torres
Palco Mariano Antônio, no Largo da Matriz
15h – Mamulengo de Cheiroso – “Baile de Cheiroso”
16h – Samba de Coco da Ilha
17h – Catalise Cia. dos Artistas – “Cabeleira – O Musical”
18h – Cia de Dança Carpe Diem – “Raízes Nordestinas”
19h30 – Mariah da Penha – “Levando a vida no cabelo”
Cine Trianon, na Rua Cel. Erundino Prado
14h – Mostra Acessibilidade – CURTA-SE 22 e Dia da Animação apresentam: “O Homem na Caixa”, “Insone”, “Millie”, “Trip”, “Piconzé”, “La Loba”, “8 Patas” e “Torre”
15h – Sessão Sergipe com “Morena dos Olhos Pretos” – Isaac Dourado
Salão de Artes Vesta Viana, na Praça da Matriz
14h – Roda de Conversa sobre A arte da Xilogravura com Nivaldo Oliveira e Evandro Sybine – Mediação: Neila Dourado
16h – Aloísio Magalhães: Arte, Design e Patrimônio com Fernando Marinho e Fabrícia Guimarães – Mediação: Isadora Burmeister Dickie
Exposição permanente: Layla Bomfim, Deborah Arruda, Sara Miranda, Amanda Sztybe, Laize Rosendo, Sônia Elizabeth, Kely Regina, Matheus Almeida, Giancarlo, Amanda Pinto, Davi de Souza, Ana Carla, Ebert dos Santos e David Ribeiro
Salão de Artes Horácio Hora, na Rua Pereira Lobo
14h – Roda de Conversa sobre Colagem Analógica e Digital com Kely Nascimento e Ana Luiza de Santana Correa (Viajanalua) – Mediação: Tábata Maria Machado Santos
15h30 – Performance: Não Seque Por Dentro – Davi Cavalcante
16h – Integração artista e comunidade – Práticas colaborativas na Ilha do Ferro (Alagoas) com Adones Valença – Mediação: Wellington Césario
Exposição permanente: Lucas Lemos, Elias Santos, Antônio Cruz e Mundo Negro/Larissa Vieira
Salão de Literatura Manoel Ferreira, na EMEF Gina Franco
15h – Slam Poesia Marginal com Emanuele Caiane
16h – O Slam em Sergipe com Igor Sena
17h – Contação de história – Literatura de Erê (infantil) com Mali
Cortejos, saída na Praça João Ferreira dos Reis
16h – Pífano de Pífe
16h30 – Descidão Quilombola
17h – Batalá
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Fonte: ascom/PMSC