Por Raissa Cruz, do Universo Político
Ao considerar como maior o projeto do bloco do liderado pelo governador Marcelo Déda (PT) de se manter no comando do Estado, desta vez com o vice Jackson Barreto (PMDB) no Governo, o peemedebista vereador Robson Viana defendeu que o PT precisa ir para o sacrifício. O partido almeja disputar a vaga do Senado com o nome do governador, especula-se. Mas Robson ressalta que “desde a eleição de 1994, o PMDB espera a vez de Jackson (quando JB perdeu no 2º turno para Albano Franco) chegar ao governo, e ao longo dos anos se manteve fiel ao PT, da mesma forma, o PSB também esteve firme na aliança, chegando a abrir mão da vaga de vice em 2010”. Agora, “em nome do grupo, seria a vez do PT”, cita ele.
“PT devia abrir mão do Senado para PMDB compor com DEM. João Alves pode ser candidato, ou pode abrir mão e somar votos com a nossa chapa se oferecermos uma vaga que mostre a importância da aliança. Nada melhor que o Senado. É claro que gostaríamos muito que fosse alguém d PT, como o próprio governador Marcelo Déda como já se comenta, mas na política tem horas que é preciso dar um passo atrás para conquistar mais à frente”, frisou Robson Viana.
Questionado sobre a resistência de alguns petistas a essa aliança com o DEM, Robson ponderou: “o PT não se aliou já ao PSC, e até ao PSDB, então porque seria contradição mais uma aliança? Ainda mais que desta vez quem liderará a aliança será o PMDB com Jackson, então aliados seriam PMDB e DEM, o PT só estaria compondo também”, amenizou Robson.
O vereador confirmou que já existem discussões aleatórias sobre a chapa, que ele defende, com Jackson Barreto para governador, o deputado Valadares Filho (PSB) para vice, e o prefeito de Aracaju João Alves (DEM) para o Senado. No entanto, Robson diz que o grupo não sentou à mesa nem para sustentar a candidatura de Jackson e, discordando das declarações de Valadares Filho de que ainda não é momento de discutir chapa eleitoral, ele avalia que esse “atraso” pode atrair a derrota em 2014.
“Corremos o sério risco de perder do mesmo jeito que aconteceu em Aracaju. Infelizmente, eleição tem que se discutir com antecedência mesmo. Ficamos antes de 2012 com aquela indefinição se o candidato seria Rogério Carvalho ou Valadares Filho e enquanto isso o outro lado com o nome de João já rolando na boca do povo como candidato, mesmo sem João assumir que era. Do mesmo jeito estamos vendo o senador Eduardo Amorim com seu grupo já se articulando. E o nosso evitando discutir”, criticou Robson.
“Estamos percorrendo os interiores, observando aquilo que o Estado precisa atuar mais e percebemos a necessidade de continuar com esse projeto coletivo de mudança do Estado, mas para isso é preciso que todo o grupo se coloque à disposição para começar a discutir, negociar com as legendas e já planejar uma estratégia de novo governo”, completou Robson, que como um dos vereadores mais votados na última eleição, cogita disputar em 2014 mais uma vez uma vaga na Assembleia Legislativa.
Da redação Universo Político.com