“A Caixa teve um crescimento extraordinário nos últimos anos, com créditos à pessoa física e jurídica e a injeção de aproximadamente R$ 4 bilhões na economia sergipana no último ano. Anteriormente, no governo de Fernando Henrique Cardoso, passamos por uma profunda crise, com dificuldades enormes, e com riscos do banco ser privatizado”.
A declaração foi o que disse na noite de ontem, pelo superintendente da Caixa Econômica Federal, Luciano Pimentel, durante entrevista na 53ª edição de NósnoCabaré.comConvidados, encontro realizado todas as quintas-feiras no bar Meu Buteco, na avenida Tancredo Neves, quando foi sabatinado por creca de duas horas.
CEF e o social
Segundo Luciano, tudo isso mudou a partir do governo de Lula, com a efetivação de políticas públicas, créditos comerciais empresariais e pessoais, uma política habitacional com a construção de mais de um milhão de unidades habitacionais com recursos para municípios, injeção de recursos financeiros, sem contar os programas sociais para geração de emprego e renda. Além disso, a Caixa foi o banco que mais fomentou a economia, apesar da crise financeira de 2008. Somos parâmetros para outras instituições nas taxas de juros, que são os menores”.
Poupança
Não há nada melhor para aplicar o dinheiro do que na caderneta de poupança, o que tem atraído até grandes investidores que estão migrando para essa forma de aplicação financeira. São esses os pontos de retorno: a rentabilidade e isenção de imposto de renda. Apesar da taxa de correção e atualização da poupança ser baixa, oferece uma rentabilidade alta para o pequeno e médio poupador.
PAR
A Caixa é responsável pelo programa, mas não sob as administrações de condomínio, que passam por processo de licitação para gerenciarem. Luciano assegura que as pessoas que estão infringindo as regras são notificadas para que elas prestem esclarecimentos à Justiça Federal.
Minha Casa, Minha Vida
Com relação ao programa Minha casa Minha vida, existem duas divisões do programa: o primeiro é para atender àquelas pessoas com a construção de casas e financiamento de acordo com a renda mensal. Duas regras são fundamentais para ser beneficiado: ser mulher, estar no Cadastro Único da Família e inserida no Conselho de Assistência Familiar. Havendo inadimplência, o imóvel é repassado para outro cadastrado.
Outra faixa de programa é com os recursos do FGTS que oferece subsídios financeiros de até 17 mil reais, de acordo com a renda familiar, para a compra de imóveis novos, desde que atenda os requisitos.
Venda casada
Luciano negou que exista venda casa. Segundo ele, a Caixa disponibiliza os produtos do banco, mas não existe nenhuma amarração. “Temos um pacote de serviços que oferecemos atrelado aos benefícios para os futuros financiadores”.
Lei dos 15 minutos e novas agências
Há um esforço muito grande internamente para poder propiciar ao cidadão a melhoria no seu atendimento, principalmente no seu tempo de espera, disse Luciano, acrescentando que a Caixa está priorizando a abertura de novas, e desse modo poder atender toda a população, multiplicando as agências menores. Antes eram apenas 18 agências em Sergipe, hoje já são 25 e a meta são 52.
Financiamento
Com relação aos financiamentos, segundo ele, é preciso alinhar o papel da Caixa, que não constrói, apenas financia. “Nós não compramos um terreno e edificamos algo. O que acontece é que recebemos de uma construtora um projeto, avaliamos, analisamos se temos recursos e após isso financiamos”.
Barra dos Coqueiros
Luciano revelou que, através da doação de um terreno pelos empresários do empreendimento Alpahville, serão construídas mais de 500 casas vizinho ao empreendimento através do programa Minha Casa Minha Vida.
Serão mais de 500 casas na Barra dos Coqueiros através do Minha Casa Minha Vida, através da doação de um terreno doado pelo empresário que irá construir o Alphaville na região. Portanto, o município receberá o maior empreendimento do programa do estado, pela sua localização, próximo ao condomínio de luxo, onde as pessoas cadastradas receberam o seu imóvel.
“Nós cadastramos as pessoas para receberem os seus imóveis”.
Municípios
A Caixa transfere os recursos para municípios, frutos de emendas parlamentares ou do governo federal. Recebemos a informação, verificamos se município está regular para receber o dinheiro, após recebemos o projeto da prefeitura e autorizamos a licitação. O papel da CEF é atestar o início da obra e liberamos os recursos aos poucos, de acordo com o andamento da execução.
Não há atraso dos convênios com a Caixa, há o processo de liberação do financiamento, que só acontece aos poucos. O que muitas vezes acontece é a empresa que ganhou a licitação não possuir condições de executar pelo preço que ela mesma afirmou no projeto, e aí acontece uma nova licitação. Existem também algumas empresas, a fim de terminar logo o serviço, adiantam a execução com os seus próprios recursos para não pararem a obra.
Por Daniela Domingos